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Moradores fazem protesto contra o fechamento de AMAs na zona leste de SP

Em setembro, secretário municipal de Saúde disse que transformará oito unidades do programa em UBS. População está preocupada

TVT/REPRODUÇÃO

Mudança na AMA da região pode atrasar atendimentos especializados e criar superlotação em hospitais

São Paulo – Moradores da zona leste de São Paulo protestaram nesta segunda-feira (23) contra a transformação de oito unidades da Assistência Médica Ambulatorial de Especialidades (AMA) em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). De acordo com a população da região, a mudança sobrecarregará os atendimentos.

A preocupação dos moradores de Itaquera se dá pelo fato de a UBS trabalhar com consultas médicas agendadas. Além disso, em casos de urgência, eles temem pela superlotação nos prontos socorros dos hospitais.

Paulo Belinelo, representante dos moradores da zona leste no Conselho Municipal de Saúde de São Paulo, reclama que a prefeitura não tem consultado nem respeitado as decisões do Conselho. “Vai sobrecarregar as UBSs, bem como os hospitais locais e os prontos socorros, e vai criar um problema muito grave”, critica, em entrevista à repórter Michelle Gomes, da TVT.

Em nota, a prefeitura da capital afirma que ainda estão em debate mudanças na atenção básica de saúde e que qualquer afirmação sobre o tema é mera especulação. Entretanto, a medida foi anunciada, em setembro, pelo secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, durante debate no Sindicato dos Médicos de São Paulo.

Há mais de quatro anos, Vilma Pereira se trata com um neurologista e psiquiatra na AMA de Itaquera. A unidade funciona de segunda a sábado e realiza em média 12 mil atendimentos por mês, mas é uma das oito AMAs que corre o risco de serem fechadas na região. “Se a gente perder o AMA, acabou. A população (daqui) depende só desse serviço”, conta.

“Não vemos permitir que se fechem serviços. A gente luta há mais de 30 anos para abri-los à população da zona leste e, agora, se depara com essa questão”, afirma Fermina Lopes, do Movimento Popular de Saúde. “É um crime, porque a cidade não para de crescer, ao contrário, tem que aumentar as AMAs”, acrescenta o deputado estadual Zico Prado (PT).

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