Conscientização

Casos de dengue caem 47% na capital paulista no início do ano

Dados da Secretaria Municipal da Saúde revelam queda nos casos de dengue em São Paulo nos dois primeiros meses de 2016, em comparação com igual período do ano passado. Em contrapartida, H1N1 avança

Fernando Pereira/SECOM

Padilha: “Nós não podemos baixar a guarda”

São Paulo – A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo apresentou hoje (28) balanço sobre os casos de dengue na capita que revela queda de 47,6% no número de confirmações da doença nos dois primeiros meses do ano, em comparação com igual período de 2015, de 6.653 para 3.484. As notificações, em contrapartida, aumentaram 52,7%, de 14.361 para 21.934.

As autoridades avaliam que o bom desempenho está ligado à conscientização da população. “Tínhamos um cenário bastante preocupante, mas o esforço e empenho da população, trabalho dos profissionais de saúde e da imprensa parecem ter permitido esse grande esforço de redução de casos em São Paulo”, disse o secretário da pasta, Alexandre Padilha. “Foi mais fácil para os agentes de vigilância entrarem nas casas, as pessoas estão mais preocupadas.”

Além de um maior engajamento dos cidadãos, liderados por diversas campanhas, como a Zika Zero, do governo federal, Padilha ressaltou os meios de combate que a prefeitura vem utilizando desde o último ano. “Certamente essa estratégia inovadora da utilização de larvicida concentrando os trabalhos em imóveis especiais reduziu a presença das larvas”, afirmou sobre o produto BTI, empregado em pontos estratégicos, como terrenos baldios, escolas e rodoviárias.

Os números também revelam o destaque positivo que a capital alcançou diante de todo o estado de São Paulo. A taxa de incidência de dengue na cidade é de 30,4 por 100 mil habitantes. Já no estado, o índice sobe para 73,1 por 100 mil pessoas. Em todo o país, o coeficiente de incidência é de 57 por 100 mil habitantes.

Mesmo com os números apresentando a melhoria do cenário, o secretário afirmou que o combate deve continuar com mesmo empenho. “Nós não podemos baixar a guarda. Se deixar uma semana sem fazer aquela faxina em casa, sem cuidar dos focos e nossos agentes pararem de visitar, pode acontecer um recrudescimento dos casos de dengue na cidade”, disse. Padilha completou alertando para os perigos do zika vírus e do chikungunya, outras duas doenças transmitidas pelo mesmo vetor da dengue, Aedes aegypti.

Foram confirmados cinco casos de febre chikungunya adquiridos na capital, sendo três no bairro do Sacomã, um em Pirituba e um na Vila Curuçá. Já em relação ao zika, apenas um caso foi confirmado como contraído em São Paulo; mais 153 casos estão sob investigação. “Assim como temos de ter clareza que a dengue veio para ficar, temos que trabalhar com a hipótese do chikungunya e do zika vírus como doenças endêmicas e que o controle do Aedes deve ser constante”, afirmou o secretário.

Influenza A (H1N1)

Em oposição aos bons dados relativos ao controle do Aedes aegypti, a prefeitura registrou um aumento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocada pelo vírus Influenza A (H1N1). Até o dia 22 de março, foram contabilizados 66 casos, sendo que oito levaram pacientes à morte.

No ano passado, para o mesmo período, foi registrado apenas um caso, sem óbito. O secretário Padilha afirmou que a capital está preparada para combater a doença. A prefeitura, além de contar com amplo estoque do medicamento utilizado no combate à Influenza A, Oseltamivir, solicitou ao Ministério da Saúde para antecipar a campanha de vacinação contra a gripe, prevista para 30 de abril. “Fizemos o pedido para antecipar porque você precisa ter a vacina disponível”, disse.

Com informações da Secretaria da Saúde


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