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Mães e médicos reafirmam apoio a lei que proíbe propaganda de alimentos para bebês

Objetivo da lei que proíbe a publicidade de produtos como leite artificial, papinhas e mamadeiras é incentivar o aleitamento exclusicamente materno

reprodução/TVT

Leite materno é o alimento ideal para os primeiros seis meses do bebê e previne contra doenças

São Paulo – A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados unicamente com o leite materno por pelo menos seis meses, podendo chegar a até dois anos de idade. Segundo pesquisa de prevalência de alimentação materna do ministério da Saúde, a média de duração do aleitamento exclusivamente materno, no país, é de apenas 54 dias.  Ainda segundo a pesquisa, apenas 41% dos bebês de até 6 meses receberam alimentação somente com o leite materno.

Para melhorar esses números, o governo federal criou lei, em vigor desde novembro de ano passado, que proíbe propaganda de leites artificiais, papinhas, mamadeiras e chupetas, e obriga a inclusão de alerta sobre a importância da amamentação materna para a saúde da criança e advertências de eventuais malefícios que esse tipo de produto pode causar. A ideia é estimular o aleitamento exclusivamente materno e diminuir o consumo de produtos industrializados.

Jucileide Silva, mãe de Felipe, conta que já no primeiro mês de vida do bebê os médicos receitaram o leite artificial porque ele precisava ganhar peso. “O pediatra, ao invés de buscar uma outra forma e conduta para ver o porquê da perda de peso, resolveu dizer que tinha colocar o leite artificial, de forma errônea, com a mamadeira. Ainda chegou a dizer o seguinte: ‘Fica tranquila, seu filho não vai desmamar porque a mamadeira que vou te indicar, de uma marca X, se assemelha ao bico do peito’. Em um mês, meu filho já não queria mais mamar no peito”, diz a mãe em entrevista ao repórter Jô Miygui, para o Seu Jornal, da TVT.

A nutricionista Nerli Nerli Pascoal Andreassa, coordenadora do banco de leite do Hospital Municipal Universitário, em São Bernardo do Campo, afirma que a introdução de outros alimentos que não leite materno pode provocar prejuízos imediatos à saúde do bebê, como alergias e intolerância à proteína do leite, diarreia, infecção gastrointestinais e respiratórias. No longo prazo, doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão também estão relacionadas com o desmame precoce e a inclusão de alimentos industrializados na dieta do bebê.

Se o aleitamento artificial é prejudicial à saúde da criança, as vantagens do aleitamento exclusivamente maternos são enormes. “O aleitamento materno é importante para o bebê assim que ele nasce. É o primeiro alimento, a primeira vacina, que vai imunizar o bebê de outras doenças, além de ser o alimento perfeito e nutritiva para essa criança”, explica a nutricionista.

A mãe Jucileide também aconselha: “Deem o peito para o seu filho, em livre demanda, pelo tempo que o bebê quiser, na hora em que ele quiser”. Ela também afirma que as mamadas não precisam ter horários e períodos estipulados. “Nada de horário. Quanto mais o bebê mamar no peito melhor para ele. Aumenta a produção e ainda tem a vantagem de você estar protegendo o seu filho com o leite materno.”

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