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Proteste: usuários devem evitar migrar para novos planos individualmente

Coordenadora Institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, explica como fica a situação dos clientes da Unimed, após quebra da operadora

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Usuário deve procurar os órgãos de defesa do consumir toda vez que atendimento não for prestado

São Paulo – Por problemas econômico-financeiros e administrativos, a cooperativa médica Unimed Paulistana foi obrigada ontem (2), pela Agência Nacional de Saúde (ANS), a transferir seus beneficiados a outra operadora em um prazo de 30 dias. A Unimed tem cerca de 750 mil clientes, que deverão ser transferidos para empresas que se mostrarem interessadas na carteira, no primeiro momento. Se isso não ocorrer, a carteira vai a leilão.

A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, confirma que a Unimed Paulistana fica impedida de vender novos planos e que o atendimento aos usuários deve continuar, assim como deve ser mantido também o pagamento das mensalidades, até a conclusão da transição da carteira de beneficiários para uma nova operadora, que não poderá impor carências para o atendimento. Além disso, no momento da transição o beneficiário não vai ter direito de fazer up grade porque a nova operadora não poderá trocar o contrato de imediato.

“Neste momento, o consumidor não deve buscar, de forma isolada, a solução para os seus problemas”, aconselha Maria Inês, e reafirma que é dever da Unimed dar continuidade ao atendimento. “Se o paciente estiver fazendo um tratamento, se está com algum procedimento marcado, tem que ser mantido no plano. Tem que dar continuidade, uma vez que as coberturas devem garantir o que foi contratado.”

A coordenadora da Proteste orienta os usuários a procurar os órgãos de defesa do consumidor, caso o serviço não seja prestado adequadamente. “Sabemos que é problemático para o consumidor ter todo o atendimento que deseja, mas ele tem que denunciar, toda vez que não conseguir o atendimento, até que seja feita a transferência da carteira.”

Alguns planos coletivos de sindicatos, associações e empresas, segundo Maria Inês, anteciparam-se à situação e fizeram a transferência antes de a situação chegar a esse ponto.

Em último caso, para aqueles que desejarem efetuar a transferência de maneira individual, ação desaconselhada por Maria Inês, o usuário deverá observar as regras de portabilidade que determina, dentre outros critérios, que a transição só pode ser feita no aniversário do contrato. Mais informações no site da ANS.

Maria Inês explica que desde 2009 esse problema vem se arrastando, e que a ANS deu todas as oportunidades para a Unimed sanar suas pendências econômicas e administrativas, o que não ocorreu, culminando na decisão anunciada ontem.

Segundo a coordenadora, neste momento a empresa encontra-se em situação de falência, o que poderá ser revertido no futuro pela empresa, caso prove judicialmente o saneamento de todas as pendências para poder voltar a operar no mercado.

 

Confira a entrevista da Rádio Brasil Atual:

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