atuação estratégica

Prefeitura de São Paulo intensifica campanha contra dengue

Defesa Civil irá acompanhar agentes de saúde nos bairros com carros de som; ideia é alertar população com mensagens sobre o cuidado com o estoque de água em casa

Claudio Fachel/ Palácio Piratini

Criadouro do mosquito: crise hídrica tem levado população a estocar água em casa de maneira improvisada

São Paulo – Em alerta para um surto de dengue em São Paulo, a prefeitura anunciou na manhã de hoje (12) que irá intensificar a campanha de prevenção à doença, com apoio da Defesa Civil. O trabalho que até agora era feito apenas por funcionários da saúde, verificando nos bairros se há focos do mosquito transmissor (o aedes aegypti) e eventualmente utilizando o chamado fumacê, será acompanhado por carros de som e agentes da Defesa Civil.

“Estávamos com dificuldades para entrar na casa das pessoas e verificar se há focos do mosquito e se a população está se comportando de maneira cautelosa, tampando caixas, baldes e tanques com água, que é onde a doença se cria. Por isso, resolvemos gravar a mensagem de som alertando para os riscos e como evitá-los, e vamos circular por toda a cidade, mas sobretudo onde há maior incidência. Foi a maneira que encontramos de entrar na casa das pessoas”, afirmou o prefeito Fernando Haddad.

A principal preocupação da prefeitura é que com a crise hídrica, que tem se agravado e enfrenta a iminência da oficialização de um racionamento, a população passe a estocar água de maneira improvisada, sem a preocupação de tampar os reservatórios.  “Muitas pessoas estão comprando caixa de água pela primeira vez. Precisamos conscientizar essas pessoas a fazer esse estoque sem que isso traga prejuízos para a nossa saúde”, acrescentou o prefeito.

Logo na primeira semana de fevereiro, a Secretaria Municipal da Saúde divulgou o balanço dos casos de dengue notificados na cidade entre os dias 4 e 24 de janeiro. No período, foram registrados 1.304 casos da doença, ante 495 em igual período de 2014. Nesse ritmo, quase três vezes mais intenso do que no ano passado, a cidade terminaria o ano com 90 mil casos de dengue. Se a incidência chegar a 120 mil pode ser considerada epidemia, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a Secretaria da Saúde, já é possível afirmar que a tendência, com o alerta feito no início do mês e com maior inserção das campanhas preventivas, é verificar queda no número de casos registrados em relação ao balanço dos dias 4 a 24 e os dados coletados nas últimas três semanas.

Também pela manhã o secretário-adjunto, Paulo de Tarso Puccini, se reuniu com 80 chefes clínicos de 60 instituições de saúde da cidade, públicas e privadas, para unificar as ações médicas quando houver suspeita ou confirmação da saúde. Toda essa mobilização da prefeitura tem por objetivo frear uma possível epidemia da dengue em abril, quando, em função do clima, há maior presença do mosquito transmissor.


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