Ministério da Saúde desmente boatos sobre casos de ebola no Brasil
Segundo governo, o risco de transmissão para o Brasil é considerado baixo. História divulgada por rede social dava conta de caso ocorrido no Maranhão e escondido por autoridades
Publicado 15/08/2014 - 20h17
São Paulo – O Ministério da Saúde desmentiu hoje (15) boato que se espalha pelas redes sociais e pelo aplicativo de celular WhatsApp de que o ebola está fazendo vítimas no Brasil. “Não há caso suspeito ou confirmado da doença no país”, afirma o ministério, em comunicado oficial. “Vale ressaltar que o risco de transmissão para o país é considerado baixo.”
De acordo com os dados oficiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os países acometidos pelo surto do vírus Ebola são Guiné, Libéria e Serra Leoa, todos situados na África Ocidental.
O Ministério da Saúde recebe, diariamente, informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a situação de circulação de vírus no mundo, inclusive o ebola, além de quaisquer outras situações que possam se caracterizar como emergência de saúde pública.
Como a doença é transmitida pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, a transmissão para outros continentes é considerada como pouco provável. A OMS não recomenda quaisquer medidas que restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas com os países afetados.
Como é o boato
A mensagem mentirosa disseminada por correntes diz que um nigeriano contaminado pelo vírus chegou a São Luís (MA) e teria sido internado no Hospital Universitário (HUUFMA), com sintomas da doença.
E que o paciente morreu no último sábado (9), sendo o caso acobertado pelo governo do estado do Maranhão e pelo Ministério da Saúde. A mensagem sugere ainda que a Polícia Federal iniciou uma operação denominada de “Fronteiras Fechadas”, com o objetivo de impedir que africanos entrem no Brasil.
O boato está se tornando comum em todo o mundo. No Vietnã, quatro jovens que espalharam a história podem ser multados em 950 a 9.500 dólares por levar pânico.
As autoridades de saúde de lá também desmentiram os rumores com os mesmos argumentos do ministério brasileiro.