saúde pública

Na última fase, Mais Médicos chega este mês a mais 184 municípios

O programa do governo federal fornecerá 3.745 novos médicos a áreas de extrema vulnerabilidade social. Atualmente, o Mais Médicos conta com 13.235 profissionais que integram equipes de saúde da família

ABr

Atualmente, 74% dos médicos do programa atuam em áreas de elevada vulnerabilidade social

São Paulo – O programa Mais Médicos chega à sua quinta e última fase em abril. Até o dia 22 haverá 13.235 médicos inscritos trabalhando em áreas de alta vulnerabilidade social, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Nesta etapa serão atendidos 184 novos municípios que não haviam aderido ao programa anteriormente. Outras 126 cidades já atendidas pelo Mais Médicos também receberão novos profissionais para completar as equipes de saúde da família. As 310 novas localidades receberão 3.745 médicos.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, explicou hoje (1º) que esta fase do Mais Médicos representa a estabilização do programa, posterior às ações de infraestrutura e treinamento de profissionais realizados nas anteriores. “Este é um momento de regularidade em que nós queremos dar atenção à qualificação da atenção básica no país e ter o projeto funcionando”, disse em entrevista na sede do Ministério, em Brasília.

Atualmente, 74% dos médicos do programa atuam em áreas de elevada vulnerabilidade, como em periferias, municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e reservas quilombolas e indígenas. Com as mudanças previstas para a última fase, o programa chegará a 4.040 municípios. “Nós temos a capacidade de garantir a 46 milhões de pessoas o acesso ao serviço de atenção básica. Só com esse atendimento conseguimos resolver mais de 80% dos problemas de saúde”, destacou Chioro.

Morte trágica

Arthur Chioro lamentou a morte de um médico cubano do Mais Médicos. O profissional foi encontrado ontem (31), já sem vida, enrolado a um lençol e pendurado para o lado de dentro da janela em um quarto de hotel em Brasília. Segundo o Ministério da Saúde, ele aguardava detalhes sobre o município em que deveria atuar. Hoje, cerca de 10.700 médicos cubanos integram o programa do governo federal.

O corpo do rapaz será transportado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), responsável pelo contrato entre os governos brasileiro e cubano. O ministro, entretanto, não quis comentar detalhes da morte do profissional de Cuba e afirmou que investigações e informações do caso serão conduzidas e fornecidas pela Polícia Civil do Distrito Federal. A instituição trabalha com a hipótese de que o médico teria cometido suicídio.

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