discrição

Nos últimos dias como ministro da Saúde, Padilha evita polêmicas em São Paulo

Com agenda extensa no estado, onde é pré-candidato a governador pelo PT, ministro lança campanha contra Hepatite C na sede do Sindicato dos Comerciários, na capital

Sindicato dos Comerciários do Estado de São Paulo

Padilha: “Não sei o que eles têm contra a divulgação de uma campanha de vacinação”

São Paulo – Em um de seus últimos dias como ministro da Saúde, Alexandre Padilha participou hoje (31) do lançamento da campanha contra hepatite C realizada pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, na capital paulista. Pré-candidato do PT ao governo do estado, Padilha não rebateu críticas da oposição sobre seu pronunciamento na TV para anunciar campanha de vacinação contra o vírus HPV nem sobre suspeitas de contrato firmado com a ONG Koinonia-Presença Ecumênica e Serviço, supostamente fundada por seu pai.

Sobre as críticas do PSDB, de que o pronunciamento feito no último dia 22 seria campanha eleitoral antecipada, o ministro se restringiu a dizer que a divulgação é uma estratégia importante do governo. “Não sei o que eles têm contra a divulgação de uma campanha de vacinação, que fizemos por conta da volta às aulas”, disse. “Vamos usar todos os meios para divulgar uma vacina tão importante: rádios, redes sociais, materiais nas escolas e também a TV.”

Ontem (30), o PSDB havia afirmado que vai entrar com um processo na Justiça Eleitoral contra Padilha por propaganda eleitoral antecipada. Ele é considerado o principal adversário do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Padilha também não quis comentar sobre o convênio firmado entre o Ministério da Saúde e a ONG Koinonia-Presença Ecumênica e Serviço, que tem como sócio-fundador Anivaldo Padilha, pai do ministro. O contrato foi reincidido hoje, segundo o Diário Oficial da União.

Com agenda extensa em São Paulo, o ministro participa de visita à Central de Regulação Médica do Samu e da cerimônia de transição do cargo da Presidência do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde, ambas em São Bernardo do Campo.

O presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, afirmou que a participação do ministro “valoriza e qualifica a campanha” de prevenção à hepatite. “É o governo confiando em um trabalho do sindicato. Temos mais de 500 mil trabalhadores na cidade de São Paulo, muitos em pequenas e microempresas que não têm assistência médica. Então, o sindicato oferece os serviços ambulatoriais e realiza as campanhas. A prevenção é o instrumento mais poderoso para diminuir riscos para a saúde.”