A cada dia 4 mil pessoas morrem em decorrência da Aids, a maioria na África

sem tratamento

Médicos Sem Fronteiras

Segundo os Médicos Sem Fronteiras, um em cada quatro pacientes começa o tratamento tarde demais

Johanesburgo – A cada dia morrem 4 mil pessoas em decorrência da Aids no mundo todo, a maioria nos países em desenvolvimento, segundo anunciou hoje (25) o diretor da Médicos Sem Fronteiras (MSF) na África do Sul e Lesoto, Gilles Van Cutsem. O comentário foi feito na apresentação de uma campanha para conscientizar sobre a gravidade do problema, apesar do otimismo que as conquistas na luta contra a doença provocaram últimos anos.

“A luta contra HIV e a Aids foi aclamada como uma dos maiores conquistas da história da humanidade em projetos de saúde pública, mas a MSF vê que esta revolução está incompleta para os milhões de pessoas que não têm acesso a tratamento”, indicou a organização.

Para que autoridades e opinião pública não se esqueçam que ainda existem pessoas se contaminando e morrendo em consequência da Aids, a MSF lançou em seu site uma série de vídeos intitulada “O que nós vemos”, que mostram casos de falta de tratamento ou controle, transmissão de mães para filhos e preconceito.

A organização lembra que em lugares com altos índices de portadores do HIV, como a África do Sul, Suazilândia e Malawi, “o acesso aos antiretrovirais aumentou na última década”, apesar de um em cada quatro pacientes começar o tratamento tarde demais.

A situação é pior em países como República Democrática do Congo, Guiné, República Centro-Africana e Nigéria, onde a maioria da população que precisa não tem acesso ao tratamento a tempo.

Na África Ocidental e Central, só 34% dos infectados recebem tratamento, a taxa de cobertura mais baixa do continente.

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