Gripe

Vacinação contra a gripe supera meta do Ministério da Saúde

Esperado era cobertura de 80% do público-alvo, mas a campanha atingiu 83%

Elza Fiúza/Agência Brasil

Segundo Padilha, estados e municípios que não atingiram a meta precisam prorrogar as campanhas de vacinação

São Paulo – Balanço do Ministério da Saúde divulgado hoje (21) mostra que 32.466.619 pessoas foram vacinadas contra a gripe. O número representa cobertura de 83% do público-alvo, superando a meta estabelecida este ano para a campanha contra a influenza. O Ministério da Saúde também anunciou hoje medidas para o enfrentamento da gripe no país. Serão destinados R$ 30 milhões aos estados de maior concentração da doença – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Os dados do balanço mostram que 19 estados e o Distrito Federal tiveram mais de 80% de cobertura vacinal, como era esperado pelo governo. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomenda que os estados e municípios que não atingiram a meta continuem vacinando os grupos prioritários.

“Os estados e municípios que não atingiram a meta precisam prorrogar as campanhas de vacinação e desenvolver ações de busca ativa dos grupos prioritários que não foram vacinados, com visitas a essas pessoas”, explicou Padilha.

De acordo com o Ministério da Saúde, a campanha teve a maior adesão entre as mulheres em período de 45 dias após o parto, com 100% de cobertura, seguidas pelos trabalhadores em saúde, com 93%, pelas crianças, com 88%, e pelos idosos, com 82%.

O menor índice de vacinação foi registrado entre as gestantes. As mulheres grávidas ainda podem se vacinar. O governo lembra que a vacina é segura e não apresenta riscos para a mãe ou para o bebê.

Enfrentamento

Os R$ 30 milhões para enfrentamento da doença serão usados para aumentar a capacidade de internação dos pacientes. Serão criados 450 leitos para o tratamento da influenza, o que vai possibilitar até 1,8 mil internações por mês.

Padilha afirmou que governo está preocupado com o crescimento de casos de influenza. “A orientação para os médicos é não esperar o desenvolvimentos dos sinais de gravidade, nem a confirmação do vírus Influenza A (H1N1) para começar o tratamento com Tamiflu”, explicou Padilha.

Até agora foram notificados 4.713 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave com 391 óbitos. Deste casos, 388 foram confirmados para o vírus Influenza A (H1N1) com 61 mortes.

O estado de São Paulo registra 90% dos casos de síndrome respiratória registrados no país. Até agora foram 1.863 casos confirmados. Destes, 328 foram pelo vírus da Influenza A (H1N1) com 183 óbitos.

O ministro afirmou que o governo acompanha a situação do estado e enviou uma equipe para investigar as mortes. Alexandre Padilha recomendou a ampliação dos pontos de distribuição do medicamento Tamiflu e o reforçou a orientação para o atendimento rápido da população.

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