SUS terá 3,5 mil leitos para tratar usuários de drogas

Ministério da Saúde vai lançar programa para prevenir aids entre homossexuais de 15 a 24 anos

São Paulo – O Sistema Único de Saúde (SUS) vai abrir 3.508 leitos voltados para tratamento de usuários de crack e outras drogas. A medida, que abrange hospitais gerais de todo o país, vai elevar o valor do repasse médio disponibilizado para bancar as diárias nas enfermarias especializadas. De acordo com o Ministério da Saúde, o investimento será de R$ 670 milhões e faz parte do programa “Crack, é possível vencer”, lançado em dezembro do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff.

Como forma de incentivo à criação das enfermarias especializadas, as unidades com até cinco desses novos leitos vão receber R$ 18 mil; hospitais com seis a 10 vagas, R$ 33 mil; aqueles com 11 a 20 leitos receberão R$ 66 mil; e os maiores, com número de leitos entre 21 e 30, vão receber R$ 99 mil. Os valores serão para adequação física, compra de equipamentos, capacitação de profissionais e abertura de pontos do Telessaúde nos hospitais.

O ministro interino da Saúde, Mozart Sales, disse na quarta-feira (1º) que a medida encerra um ciclo do programa, e que neste momento a cooperação dos estados e municípios será fundamental. “Para vencermos o crack, precisamos de uma rede estruturada, conforme previsto no novo programa. Dentro dessas opções, as enfermarias especializadas são uma importante ferramenta no tratamento aos pacientes nos casos mais graves”, teorizou.

Prevenção no Carnaval

O Ministério da Saúde vai realizar ainda uma campanha neste Carnaval de prevenção à aids entre os jovens homossexuais, de 14 a 24 anos. O conceito da iniciativa será: “Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua”. A ação visa a dar continuidade ao tema lançado no Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1º de dezembro.

De acordo com as estatísticas do ministério, em 2011, para cada 16 homossexuais de 15 a 24 anos vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10. Os números representam queda de 20,1% de transmissão do vírus entre os heterossexuais e aumento 10,1% entre os gays.

“Embora as atividades de prevenção ocorram durante todo o ano, em um processo contínuo, o momento da campanha do Carnaval é importante. Vamos chamar a atenção para a saúde em situações e momentos específicos nessa grande festa que é o Carnaval brasileiro”, ressaltou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta quinta-feira (2).

A ação irá apresentar filmes transmitidos pela TV e internet. Serão veiculadas situações em que homens gays jovens e um casal heterossexual encontram-se prestes a ter relações sexuais sem camisinha. Em ambos os filmes surgirão personagens fantasiosos – uma fadinha, no caso do filme do casal gay, e um siri, no casal heterossexual – com uma camisinha. Ao final, em ambos os vídeos é apresentada a mensagem tema da campanha.

Com informações do Ministério da Saúde

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