Padilha explica plano de enfrentamento ao crack a deputados de SP nesta terça

Ministro da Saúde vai detalhar programa, que receberá investimento de R$ 560 milhões até 2014

São Paulo – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vai se reunir com deputados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira (13) para detalhar o plano de enfrentamento ao crack e outras drogas, lançado na semana passada pela presidenta Dilma Rousseff (PT).

Segundo dados do Ministério da Saúde serão investidos no estado de São Paulo cerca de R$ 569 milhões até 2014, com a criação de 660 leitos e a requalificação de 413. O estado vai contar também com 124 novas unidades de acolhimento para adultos e 49 para o público infanto-juvenil, além das seis já existentes (dois adultos e quatro infanto-juvenis). O número de consultórios na rua vai chegar a 93, sendo 75 novos. Os 66 Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (Caps) existentes vão ter reforço de mais 13 e a qualificação de 30 unidades.

No início de dezembro, deputados da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack da Alesp apresentaram ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma proposta de emenda ao Orçamento-2012 no valor de R$ 170 milhões para o combate às drogas.

Os parlamentares cobraram de Alckmin políticas públicas de combate ao consumo e tráfico de drogas, além de apresentar um estudo sobre o crack no estado.

O estudo divulgado em setembro pelo deputado e coordenador da Frente Parlamentar, Donisete Braga (PT), mostrou que 79% dos municípios paulistas não tinham leito para dependentes químicos pelo Sistema Único de Saúde, além de somente 5% das cidades receberem recursos estaduais para o tratamento.

O foco de ação se dará em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. Os recursos do Ministério da Saúde serão liberados para estados e municípios que aderirem ao plano. Até 2014 e uma verba de cerca de R$ 2 bilhões, o governo federal pretende criar 2.462 novos leitos, especializados em álcool e drogas, e requalificar mais 1.138.

Para os locais com maior incidência de crack também serão criados 308 consultórios na rua, atualmente há 92 em funcionamento. As equipes são formadas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, sendo que muitos deles já estão acostumados a fazer intervenções com a população em situação de rua. Também serão criadas as unidades de acolhimento com a disponibilidade de profissionais 24 horas por dia e tratamento residencial de até seis meses. Os Caps vão ser ampliados e os pacientes serão acompanhados dentro e fora das unidades.

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