Paralisação atinge 90% dos ginecologistas de convênios, diz associação

Adesão de especialistas em ginecologia e obstetrícia foi grande no primeiro dia de paralisação escalonada. De acordo com planos de saúde, atendimento foi normal

São Paulo –  Cerca de 90% dos ginecologistas e obstetras de São Paulo deixaram de atender na quinta-feira (1º) a pacientes de 12 planos de saúde que não negociaram com os médicos os reajustes nos valores de consultas e procedimentos. Também consta na lista os convênios que apresentaram propostas consideradas irrisórias pelo sindicato da categoria. Outras reivindicações constam na pauta da categoria e ainda não tiveram resposta por parte das empresas. Os dados são da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).

Estão sendo atingidos os usuários dos planos Ameplan, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Intermédica, Notredame e Volkswagen.

Segundo a diretoria de Defesa Profissional da associação, a adesão reflete a indignação dos profissionais quanto ao valor dos honorários considerados aviltantes.

Pelo cronograma da paralisação que acontece em São Paulo até o próximo dia 30, os médicos dessas áreas irão retomar o atendimento depois deste sábado (3). Os próximos especialistas a parar são os otorrinolaringologistas, entre os dias 8 e 10 (clique aqui para cronograma completo).

Os planos de saúde, entretanto, negam a paralisação. Conforme informou a assessoria de imprensa da Intermédica e da Notredame, o atendimento estava normal em todas as unidades bem como nas emergências.

O Plano Médico da Volkswagen afirma, por meio de sua assessoria, que concedeu um aumento que vigora desde 1º de julho, mas não quis especificar o valor. Informou ainda que a Associação Paulista de Medicina já tem conhecimento desse aumento mas ainda não deu parecer sobre a proposta.

Nesta quinta, durante um evento que reúne especialistas do setor em São Paulo, o estande da Sogesp distribuiu pedaços de pizza, ironizando o valor pago por cada consulta. Segundo eles, o pagamento recebido pelos médicos não alcança sequer o preço de uma pizza.

Paralelamente ao movimento dos médicos de São Paulo, profissionais de todo o país vão parar no próximo dia 21 de setembro, quando deixarão de realizar consultas e atendimentos com hora marcada a usuários dos planos que continuarem sem apresentar propostas razoáveis. A lista desses convênios ainda está sendo elaborada.

Confira o cronograma de suspensão do atendimento por especialidade:

8 a 10 de setembro – Otorrinolaringologia
14 a 16 de setembro – Pediatria
16 a 19 de setembro – Cardiologia
19 e 20 de setembro – Ortopedia e traumatologia
21 a 23 de setembro – Pneumologia e tisiologia
28 a 30 de setembro – Cirurgia Plástica

 

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