OMS discute riscos da gripe durante a Copa de 2010

Organização teme que a aglomeração de torcedores possa espalhar a epidemia. São esperados cerca de 450 mil turistas

Funcionárias da empresa aérea Gol trabalham de máscaras, depois de uma determinação da empresa (Foto: Valter Campanato/ABr)

Genebra – A Organização Mundial da Saúde (OMS) está discutindo com o governo da África do Sul formas de reduzir os riscos relacionados à Gripe A durante a Copa do Mundo de 2010, disse na terça-feira (28) uma porta-voz da agência da ONU.

A OMS teme que a grande concentração de torcedores estimule a difusão da epidemia, que até agora afeta principalmente os mais jovens e causa mais internações e mortes entre grávidas, obesos e pessoas já doentes.

“Estamos examinando os planos do governo, e todas essas medidas que eles estão colocando em vigor para lidar com qualquer tipo de surto de doenças que possa acontecer junto com a Copa do Mundo”, disse Aphaluck Bhatiasevi, porta-voz da OMS.

O torneio será disputado em junho e julho de 2010, ou seja, no auge do inverno, época de maior incidência de doenças respiratórias. Estima-se que 450 mil turistas visitem a África do Sul por ocasião da Copa.

Na última Copa, em 2006, na Alemanha, a OMS aconselhou os torcedores a se vacinarem contra o sarampo, doença muito comum nas escolas europeias.
Bhatiasevi disse que a pandemia da gripe H1N1, declarada em junho, continua “moderada”, causando sintomas brandos na maioria dos pacientes.

Calcula-se que milhões de pessoas tenham sido contaminadas em praticamente todos os cantos do mundo, e pelo menos 816 pessoas já morreram.

A Arábia Saudita recomendou que as pessoas mais suscetíveis aos sintomas graves da chamada “gripe suína” não participem da peregrinação do haj neste ano.

A região de Meca deve receber centenas de milhares de peregrinos muçulmanos entre setembro e novembro. Neste mês, ministros árabes da Saúde concordaram em restringir a presença no haj de pessoas com doenças crônicas, maiores de 65 anos e menores de 12 anos.

Na segunda-feira a Arábia Saudita anunciou sua primeira morte pelo H1N1.

Fonte: Reuters

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