Gripe já está em 160 países e matou 800; OMS avalia mutação

Uma pessoa com suspeita de infecção de H1N1 no hospital Miguel Couto no Rio de Janeiro (Foto: Reuters/Sergio Moraes) Genebra – A pandemia da Gripe A já se espalhou para […]

Uma pessoa com suspeita de infecção de H1N1 no hospital Miguel Couto no Rio de Janeiro (Foto: Reuters/Sergio Moraes)

Genebra – A pandemia da Gripe A já se espalhou para cerca de 160 países, matou cerca de 800 pessoas e precisa ser cuidadosamente observada, caso sofra uma mutação e se torne mais grave no inverno boreal, disse a Organização Mundial da Saúde na sexta-feira (24).

“Por enquanto não vimos quaisquer mudanças no comportamento do vírus. O que estamos vendo ainda é uma expansão geográfica pelos países”, disse o porta-voz da OMS Gregory Hartl em entrevista coletiva em Genebra.

O novo vírus, conhecido como “gripe suína”, tem contaminado pessoas em todo o mundo porque ninguém tem imunidade natural a ele. Como todos os vírus influenza, ele pode circular mais amplamente no clima frio e pode sofrer mutações no inverno, segundo o porta-voz.

“Temos de estar cientes de que poderia haver mudanças, e temos de estar preparados para elas”, disse Hartl.

De acordo com ele, as primeiras vacinas devem levar vários meses para ficar prontas. “Esperamos que as primeiras doses fiquem disponíveis para uso humano no começo do outono do Hemisfério Norte”, disse.

Ainda não se sabe se será necessária uma ou duas doses por pessoa, pois os testes clínicos mal começaram, acrescentou.

A OMS por enquanto tem promessas de dois fabricantes no sentido de produzirem 150 milhões de doses para os países em desenvolvimento. A entidade negocia com outros produtores estoques que seriam destinados aos países menos desenvolvidos.

Hartl não citou as empresas, mas grandes produtores incluem os laboratórios Sanofi-Aventis, Novartis, Baxter, GlaxoSmithKline e Solvay.

A OMS, agência da ONU, declarou em 11 de junho que o mundo vive uma pandemia de gripe. No Brasil, foram registradas 34 mortes pela nova gripe, segundo último balanço do Ministério da Saúde (29, de acordo com dados corrigidos).

Na semana passada, a agência anunciou que se trata da pandemia com a mais rápida expansão já vista, e que se tornou inútil contabilizar cada caso.

Fonte: Reuters

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