A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou nota na terça-feira (23) sugerindo que viagens à Argentina e ao Chile sejam evitadas nos próximos dias. O governo de São Paulo recebeu o apoio do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A justificativa, segundo o texto, é o alto risco de contágio pelo vírus Influenza A H1N1, causador da gripe suína. A recomendação também é válida para viagens aos demais países que registram transmissão da doença.

Há restrição especial para as mulheres grávidas, pessoas com doenças que afetam a imunidade como Aids e câncer e que estejam em tratamento, crianças menores de 2 anos e idosos com 60 ou mais. A Unidade da Universidade Estadual Paulista (Unesp) na cidade de Assis, interior de São Paulo, decidiu antecipar as férias para evitar a disseminação da doença. Outros quatro colégios, um de Taubaté e outros três da capital, já haviam suspendido as aulas pelo mesmo motivo.

Um balanço da Secretaria de Estado da Saúde aponta que 40% dos 116 casos da gripe suína registrados em São Paulo até o início da semana se referem a pessoas que visitaram a Argentina recentemente. Outros 15,5% dos pacientes foram infectados nos Estados Unidos. O Chile aparece na terceira posição, com pouco mais de 5% dos casos.

A decisão tomada pelo governo paulista é considerada forte, já que até a Organização Mundial de Saúde (OMS), mesmo tendo elevado o grau de contaminação para pandemia, não havia recomendado restrições a viagens. Atualmente, o estado registra 149 casos confirmados da gripe suína e outros 69 pacientes estão sendo avaliados.

No Sul

No Rio Grande do Sul, a cidade de São Gabriel decretou situação de emergência pela suspeita de que 17 moradores estariam contaminados. Agora, estão suspensas na cidade por tempo indeterminado as aulas em todas as instituições de ensino públicas e privadas. Está vedada também a realização de festivais, boates, shows, bailes, cultos e manifestações religiosas, assim como quaisquer outros eventos que importem na aglomeração de pessoas em locais fechados.