Futebol-arte, política-imagem

Cineasta lança documentário sobre os 100 anos do Santos, de Pelé, Robinho e Neymar. E jornalista escreve livro com dicas para os políticos

(Foto:Marcelo Machado de Melo/Fotoarena)

Cada qual tem seu time, mas é forçoso admitir que o Santos possui um apelo especial. A mítica nascida nos anos 1960, com Pelé e companhia, parece se perpetuar com nomes como Robinho e, agora, Neymar. A cineasta Lina Chamie, santista fanática e filha de santista, o poeta Mário Chamie – que morreu durante as filmagens –, teve a incumbência de fazer o documentário Santos, 100 Anos de Futebol Arte. O filme tem 90 minutos, o tempo de uma partida de futebol.

“Futebol é paternidade, no sentido mais particular e mais amplo”, afirma a cineasta. Ela ressalta que muitos depoimentos coincidem quando o entrevistado conta ter sido levado ao estádio, pela primeira vez, pelo pai. Aconteceu com a própria Lina. “Meu pai dizia: ‘Quando vi o Santos jogar, me santifiquei’”, relembrou em entrevista à Rádio Brasil Atual. Para a cineasta, rever os jogos aos quais ela assistia foi revisitar a história.

O documentário é assumidamente passional. Além do desafio de dar conta de vários fatos, havia a preocupação, segundo Lina, de buscar “o viés emocional de ligação tanto do jogador como do torcedor”. E não há narrador no filme: “A história é toda contada por quem estava lá”. A primeira imagem em movimento é de 1927. Estão lá, claro, cenas dos mundiais conquistados pelo Santos e da nova geração, liderada pelo jovem topetudo de 20 anos, já considerado um dos melhores jogadores do mundo. 

 

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A poucos meses das eleições municipais, a jornalista Luci Molina, com longa passagem pela Rádio Bandeirantes e ex-assessora de Mário Covas, lança o livro Guia de Estilo para Candidatos ao Poder – e para quem já chegou lá, feito em parceria com a consultora Milla Mathias e o também jornalista Sergio Kobayashi. Foram ouvidos 19 especialistas, incluindo professor de oratória, cerimonialista e até um expert em perfumes. 

Um caso famoso, usado no livro para ilustrar a importância da imagem, é o debate entre John Kennedy e Richard Nixon, candidatos à presidência dos Estados Unidos em 1960. Um produzido, tranquilo, e o outro malvestido, sem maquiagem, tenso, suando. “Grandes especialistas dizem que Nixon começou a perder ali”, afirma Luci. Mas, é claro, qualquer candidato precisa ser o mais natural possível – além de, especialmente, ter conteúdo. 

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