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Bom humor com consciência

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O humor pode ajudar a salvar o mundo? O cartunista Léo Valença aposta que sim. Ele, com apoio do site Brazil Cartoons, está organizando o livro Aquecimento Global em Cartuns, com tirinhas e quadrinhos de 25 artistas brasileiros, a ser lançado em breve pela editora HQM ou pela Paradiso. E não torça o nariz. O fato de o assunto ser muito sério não impede que se reflita sobre ele com irreverência. “Os cartuns abordam a mudança climática com bom humor e não visam apenas alarmar sob uma ótica do politicamente correto. Trata-se de um humor inventivo que informa, mas com um sorriso sacana nos dentes”, diz Léo.

O livro terá aproximadamente 60 páginas e 25 cartuns, acompanhados de um breve perfil dos artistas. O público-alvo é amplo: crianças, jovens estudantes e adultos em geral. Pinguins que vão à praia para se refrescar e ursos polares que discutem quem será o próximo eliminado no paredão de gelo dão a tônica do livro ainda em produção. “É um alerta para a vida, no qual os cartunistas terão o desafio de mostrar o risco que o planeta e a humanidade correm”, afirma o organizador. A seleção dos vencedores foi feita pelos sites Brazil Cartoons, Universo HQ e Bigorna. Artistas brasileiros e estrangeiros participaram nas categorias cartum, charge e tira.

Boa parte dos trabalhos de Biratan Porto, um dos selecionados, é sobre ecologia. “Meu interesse pelos problemas ecológicos já vem de muitos anos. Moro em Belém, na região amazônica, onde acontecem os maiores atentados contra a natureza. O aquecimento global é um dos problemas mais sérios que estamos enfrentando. Na minha produção de cartuns ecológicos esse é um dos temas mais frequentes. O livro vem fortalecer a nossa luta no que diz respeito à consciência ecológica”, afirma o cartunista, que organizou, em 2008, o I Salão de Humor da Amazônia – Ecologia no Traço.

Léo, cartunista profissional desde 2002, vê a publicação como ferramenta que pode ser utilizada até em salas de aula.

Dobradinha

Durante dois anos, Marisa Monte foi seguida por uma câmera atenta que registrou 500 horas de seu trabalho, principalmente o dia-a-dia dos bastidores de seu último show Universo Particular. O documentário Infinito ao Meu Redor (EMI), de Vicente Kubrusly, é narrado em primeira pessoa pela cantora e tem o registro de nove canções, entre elas Infinito Particular, Universo ao Meu Redor, Alta Noite, Carnavália, Aconteceu e a adocicada Não é Proibido. Todas as músicas também estão no CD-bônus. R$ 55, aproximadamente.

Paisagens franco-mexicanas

O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, promove até 12 de junho a exposição Paisagem Entorno e Retorno – Coleção Museu Soumaya, que trava um diálogo entre o cenário europeu, visto nas obras de Van Gassel e Pieter Brueghel, e o mexicano, do paisagista José Maria Velasco. São diferentes estilos e obras do século 16 ao 20. Em pleno Ano da França no Brasil, ícones franceses como Renoir, Monet, Degas e Van Gogh (que viveu e pintou no país) também estarão lá. De terça a domingo, das 10h às 18h. R$ 4 e R$ 2. (41) 3350-4400.

Spray X pincel

O Núcleo de Graffiti do Espaço de Cultura da Ação Educativa, de São Paulo, realiza até 24 de maio a exposição comemorativa do Dia do Graffiti, com obras de mais de 30 artistas. O evento, em sua sexta edição anual, tem curadoria coletiva e homenageia o artista plástico e grafiteiro Rui Amaral, um dos pioneiros dessa manifestação cultural no Brasil. Obras de três adolescentes internos na Fundação Casa (ex-Febem) também fazem parte da exposição. Rua General Jardim, 660, Vila Buarque, tel (11) 3151-2333. Grátis.

Baiana centenária

As lembranças de dona Claudionor Vianna, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia, chegam às prateleiras das livrarias do Brasil. Canô Velloso – Lembranças do Saber Viver (Edufba), de Antonio Guerreiro de Freitas e Arthur Assis Gonçalves da Silva, não é biográfico, mas um livro de memórias – da sua relação com a cidade onde nasceu, do casamento de mais de 50 anos com o telegrafista José Telles Veloso, da convivência com os filhos, netos e bisnetos. A embaixatriz da antiga Santo Amaro da Purificação (BA) topou conceder a entrevista depois de completar seus 100 anos – feito alcançado em setembro de 2007. O resultado da espera são 40 horas de gravação, 214 páginas, muitas fotos e ótimas histórias. R$ 40.