Seis meses de Doria

Aumentam velocidade e acidentes, depois de sucessivas quedas

O prefeito de São Paulo aumentou a velocidade máxima das marginais Pinheiros e Tietê ignorando estudos e organizações. Dois meses depois perdeu a própria habilitação

Diogo Bercito/Folhapress

São Paulo não é Dubai. Mas o prefeito foi até já para mostrar seu apetite por velocidade e anunciar a cidade à venda

São Paulo – Os primeiros seis meses de gestão do prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), foram marcados pelo marketing exagerado, pelo populismo e por poucos projetos realmente desenvolvidos. Ao rebater críticas, já foi desmentido mais de uma vez por empresas, artistas, organizações e profissionais, ao anunciar medidas de seu governo.

O populismo que marca a gestão Doria o levou a criar uma multa para secretários que se atrasassem em reuniões, lotar a agenda de atividades que acabam se encavalando e sendo algumas desmarcadas ao longo do dia, vestir-se de gari e até de cadeirante etc. Sempre para as câmeras.

Outra marca do prefeito nestes seis meses é o desmonte de políticas públicas desenvolvidas por gestões anteriores. Tal comportamento, porém, tem consequências graves ao cotidianoa da cidade.

Para cumprir sua promessa de aumentar a velocidade das Marginais Pinheiros e Tietê, Doria ignorou estudos e possibilitou uma explosão no número de acidentes e aumento no número de mortes desde que a medida foi aplicada. Ainda na mobilidade urbana, pretende liquidar os cobradores de ônibus, remover ciclovias e lançar uma licitação para o transporte coletivo sem amplo debate com a sociedade.

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