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Exposição no Masp celebra mestres de obra e pedreiros

EDUARDO ORTEGA/DIVULGAÇÃO Trabalhadores no Masp A exposição Trabalho, de Thiago Honório, em cartaz até 29 de janeiro de 2017 no Museu de Arte de São Paulo (Masp), exibe instrumentos e […]

EDUARDO ORTEGA/DIVULGAÇÃO

Trabalhadores no Masp

A exposição Trabalho, de Thiago Honório, em cartaz até 29 de janeiro de 2017 no Museu de Arte de São Paulo (Masp), exibe instrumentos e ferramentas de pedreiros e mestres de obra que foram utilizadas no restauro de uma antiga estação de fornecimento de energia da empresa Light, no centro da capital paulista. Thiago negociou com os trabalhadores a troca ou doação de seus instrumentos: pás, talhadeiras, escadas, picaretas, enxadas, marretas, desempoladeiras, serrotes, foices, roçadeiras, rolos, pincéis, espátulas e outros materiais que dialogam perfeitamente com a arquitetura brutalista do prédio do museu, sem revestimentos ou acabamentos luxuosos, um dos principais pontos de encontro de manifestações sociais da cidade e do país. De terça a domingo, das 10h às 18h, e às quintas-feiras, das 10h às 20h. Avenida Paulista, 1578, São Paulo, (11) 3149-5959. R$ 12 (meia entrada), R$ 25 (inteira) e grátis às terças-feiras.

Morte e vida

contos para falar de morte e vidaA jornalista e professora paraibana Denise Santana Fon lançou em agosto o livro Contos Para Falar de Morte e Vida(Ilelis Editora/Fundação Perseu Abramo), sobre os crimes cometidos pela ditadura militar. Com prefácio do escritor, poeta e ex-preso político Pedro Tierra, a obra traz contos que resgatam, de forma poética, atrocidades que não podem ser esquecidas: “É muito importante abordar de forma literária o tema, para falar da realidade e transmitir com ternura para as pessoas. É necessário criar figuras de linguagem para fugir da realidade”, afirmou Denise, em entrevista à Rádio Brasil Atual. O livro pode ser comprado pelo site www.ilelis.com.br (R$ 22).

Samba no feminino

Samba no femininoToda primeira sexta-feira de cada mês, a partir das 18h, mulheres se reúnem no Centro de Cultura Tendal da Lapa para compartilhar experiências de si e do mundo por meio de suas músicas e composições. O projeto Mulher Escrita, idealizado por Camila Midori e Carol Nascimento, nasceu do questionamento a respeito da participação feminina em espaços musicais e manifestações populares. “Se as mulheres sempre estiveram presentes na história da música, porque é tão incomum vê-las como protagonistas?” Além de promover as sambistas paulistanas, a ideia desses encontros é entender e explorar as relações entre a mulher e a música, em especial com a arte de compor. Na Rua Guaicurus, 1.100, Lapa, em São Paulo. Grátis.

Encantos e encantações

Encantos e encantaçõesA cantora, compositora, rabequeira e atriz Renata Rosa traz em seu terceiro álbum uma refrescante enxurrada de graça e brasilidade. Encantações é repleto de influências de maracatu rural, coco, cirandas e cavalo-marinho, com canções que esbarram no jazz e em sonoridades do Oriente Médio. Entre as faixas, destaque para a Marcha do Donzel, parceria entre Renata e o escritor Ariano Suassuna; Imbarabaô, dela e Hugo Linns; e Roda do Vento. Além de Hugo Linns no contrabaixo e violão, Pepe na viola de dez cordas e bandola e Helder Amendoim e Gilu Amaral nas percussões, o disco traz participações de Cema, Eberú, Yara, Suíra e Noraia Suíra, índias kariri-xocó, nos vocais. Preço sob consulta. Ouça no soundcloud.com/renata-rosa.

Nuances das opressões

Angela_Davis.jpgChega às livrarias em setembro a primeira edição brasileira de Mulheres, Raça e Classe(Boitempo Editorial, 248 págs.), da intelectual norte-americana Angela Davis, que fez parte do movimento Panteras Negras, do Partido Comunista dos Estados Unidos e da luta por direitos civis, entre outros. A obra traça um panorama histórico e crítico das imbricações entre as lutas anticapitalista, feminista, antirracista e a luta antiescravagista, sem deixar de lado o movimento sufragista e os dilemas contemporâneos da mulher. Um marco da literatura sobre questões de raça e gênero que evidencia o modo pelo qual as opressões estruturam a sociedade. “Mulher, Raça e Classeé uma obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo”, escreve a filósofa e feminista Djamila Ribeiro no prefácio. R$ 54.

Lobo bobo

Ele já causou muito medo em várias histórias: assoprou forte a casa dos três porquinhos, comeu a vovó da Chapeuzinho Vermelho e aterrorizou muitos contos. No livro infantil Este é o Lobo (Editora DCL, 56 págs.), escrito e ricamente ilustrado por Alexandre Rampazo, descobrimos uma das faces desse animal que, nesse caso, é o personagem principal. A história provoca boas reflexões já que acaba revelando muito mais sobre nós mesmos do que sobre o lobo. R$ 27.