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Magia musical

Nos anos 80, a dupla Luhli e Lucina foi ícone da liberdade e da criação musical. Documentário que estreia no fim de março resgata a fascinante história das cantoras e multi-instrumentistas

LUIZ FERNANDO BORGES DA FONSECA

Cena do documentário Yorimatã

Luhli e Lucina traduziram a liberdade para a linguagem musical. Juntas, as cantoras e multi-instrumentistas fizeram mais 800 composições, que foram regravadas por importantes nomes da MPB, como Ney Matogrosso, Nana Caymmi, Tetê Espíndola e Zélia Duncan, entre outros.

O documentário Yorimatã conta a fascinante história da dupla: da intensa conexão com a natureza e seus mistérios, a inspiração vinda da umbanda, a vivência hippie, a construção dos próprios instrumentos musicais e o preconceito que sofreram por terem formado, com o fotógrafo Luiz Fernando Borges da Fonseca, uma família considerada, na época, fora dos padrões.

Com previsão de estreia em 31 de março em São Paulo e no Rio de Janeiro, o filme de Rafael Saar resgata toda a magia e a coragem de duas talentosas mulheres à frente de seu tempo

 

Viva Carolina!

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A professora de Língua Portuguesa e doutoranda em Educação Sirlene Barbosa percebeu que, em seu ambiente escolar, poucos conheciam a história e a obra da escritora Carolina de Jesus, autora de Quarto de Despejo e Diário de Bitita, entre outros. Sirlene se juntou ao artista plástico e quadrinista João Pinheiro para fazer o livro Carolina em HQ, que deve ser lançado em maio pela editora Veneta. Com mais de 70% do livro pronto, os autores criaram uma página na internet para dividir o processo de produção do livro. http://carolinaemhq.tumblr.com/

“A importância fundamental desse projeto, no nosso ponto de vista, é trazer à tona a história de uma mulher, negra, mãe de três filhos e chefe de família que, apesar de todos os problemas sociais que poderiam deixá-la à margem da vida, utilizou pontas de lápis, pedaços de papéis, cadernos velhos, enfim, de objetos que a auxiliassem a escrever, para arrombar a porta da literatura brasileira: estreita, branca e, basicamente, da elite”, afirma João, responsável pela ilustração da obra.

 

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Bia e Juju

Dicas de leitura

As irmãs Beatriz e Juliana do Canto e Mello adoram ler. E decidiram criar o canal Dicas da Bia e da Juju no YouTube, com sugestões sobre os livros que mais gostaram. A brincadeira começou em setembro do ano passado, com Como se Fosse Dinheiro, da escritora Ruth Rocha. Desde então, elas não pararam mais: Rolim, de Ziraldo, Turma da Mônica em Contos de Andersen, Grimm e Perrault, de Mauricio de Sousa, e Acorda Rubião! Tem Fantasma no Porão!, de Lilian Sypriano, são algumas das sugestões das meninas. Elas fazem curtas resenhas sobre as obras, leem uma página ou outra e criam um suspense para instigar a curiosidade de seus espectadores-mirins: “Se você quer saber mais sobre a história, tem que ler o livro”.

 

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Protagonistas: pensando e agindo

Meninas superpoderosas

Muitos desafios permeiam o cotidiano de milhares de meninas pelo mundo todo. No minidocumentário Essa é a Minha Vez!, nove garotas brasileiras de 14 a 19 anos dividem histórias de violência, racismo, preconceito, desigualdade de gênero e pobreza. Longe de serem vítimas, elas contam como estão se tornando protagonistas de suas próprias histórias e como têm influenciado suas comunidades com ações que combatem o preconceito, seja de gênero, cor ou de situação social.

O filme é resultado das ações do projeto homônimo, da ONG Plan International Brasil. A iniciativa, que teve início em 2015, visa ao envolvimento e à visibilidade do papel das meninas no contexto dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, firmados na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

Com entrevistas das jovens e dos organizadores do projeto, o curta compõe um emocionante retrato e prova que existem muitas meninas em todos os cantos do país, pensando e agindo. Assista ao filme completo em http://bit.ly/essa_e_a_minha_vez.

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Deep Gold, de Julian Rosefeldt

A cara de uma época

Uma cidade marcada por duas guerras e dividida por um muro durante quase três décadas, Berlim, a capital da Alemanha, acabou se transformando em uma das mais respeitadas comunidades artísticas do mundo. A exposição Zeitgeist – A Arte da Nova Berlim, em cartaz até 4 de abril no Centro Cultural Banco do Brasil Rio, apresenta fotografias, pinturas, videoarte, performances e instalações de 29 artistas contemporâneos lá radicados.

Com curadoria de Alfons Hug, a mostra propõe “trilhas” conceituais que abordam questões ligadas ao tempo, a busca da beleza na destruição, a eterna construção e demolição que perpassam o cotidiano da cidade, a ocupação (muitas vezes ilegal) de espaços baldios, a cultura underground e a cartografia de Berlim depois da queda do Muro. De quarta a segunda, das 9h às 21h, na Rua 1º de Março, 66, centro, Rio de Janeiro.

Mais informações: (21) 3808-2020. Grátis.