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Histórias xinguanas dos irmãos Villas Bôas para crianças

E outras dicas do mês

Cláudio e Orlando Villas Bôas formaram laços com mais de 20 povos, e os contos relatam imaginário e costumes <span></span>Filme de Heitor Dahlia (de 'À Deriva', 'Cheiro do Ralo' e 'Nina') chega aos cinemas no dia 18 de outubro <span></span>Rapper lança sua terceira mixtape, 'Confundindo Sábios', com participação de Emicida (Sabrina Leite) <span></span>Boris Pahor sobreviveu ao inferno dos campos de concentração. Sua descrição é angustiante <span></span>Exposição Arte Naif descreve as cores das festas e expressões populares, até 1º de novembro <span></span>

Direitos dos índios

Nove histórias que os irmãos Cláudio e Orlando Villas Bôas ouviram de índios em suas incursões xinguanas são contadas para as crianças no livro Histórias do Xingu (Cia. das Letrinhas, 53 pág.). Em 1943, eles deixaram a vida na cidade para participar da Expedição Roncador-Xingu, que tinha como objetivo desbravar a Amazônia, até então considerada desabitada. Ao deparar com várias tribos, decidiram se dedicar à demarcação de terras, assistência à saúde e preservação da cultura indígena. Formaram laços com mais de 20 povos, e os contos deste livro infantil relatam – tal como os irmãos ouviram – o imaginário, as crenças e costumes de alguns desses grupos. A introdução da antropóloga Betty Mindlin traz a história dos irmãos Villas Bôas. R$ 34,50.

Itália, MAM e MAC

O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) inaugurou o quinto andar do seu novo prédio com duas exposições. Classicismo, Realismo, Vanguarda: Pintura Italiana no Entreguerras reúne 71 obras que formam um panorama da arte moderna italiana entre 1920 e 1940. O conjunto, que fica em cartaz até 27 de julho de 2014, foi comprado por Francisco Matarazzo Sobrinho e sua mulher Yolanda Penteado para a criação do antigo Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. A mostra também conta com pinturas de brasileiros que mantinham em suas obras alguma relação com o ambiente artístico italiano do entreguerras, como Fúlvio Pennacchi e Alfredo Volpi. Este último ganha a exposição Volpis do MAC, com 18 obras que fazem parte do acervo do museu e ficam expostas até 2 de março. Às terças, das 10h às 21h, e de quarta a domingo até às 18h, na Av. Pedro Álvares Cabral, 1301, tel. (11) 5573-9932. Grátis.

Rap nacional

O rapper Rashid acaba de lançar sua terceira mixtape, Confundindo Sábios. Com 15 músicas, o disco tem participação de Emicida na faixa-título, que critica a Rota, cita corintianos presos na Bolívia e fala sobre lutas de classe e moradia. O experiente Kamau divide o microfone em Um Sonho Só e Tássia Reis participa da sensual e sofisticada Vício. Virando a Mesa, que ganhou clipe no início do semestre, faz parte da mixtape, provavelmente a última antes de o rapper de 25 anos lançar seu primeiro álbum oficial. Mais informações em http://rashid.com.br. R$ 5.

Cidade dos mortos

Boris Pahor sobreviveu ao inferno dos campos de concentração nazistas. Para não morrer, comeu pão e usou cuecas de companheiros mortos, como Ivo. No livro Necrópole (Ed. Bertrand Brasil, 294 pág.), o escritor esloveno conta, em primeira pessoa, suas terríveis lembranças e as sensações que teve ao visitar o campo de Natzweiler-Struthof, onde ficou preso por ter colaborado com a resistência antifascista durante a Segunda Guerra. Sua descrição angustiante (e real) faz o leitor enxergar a tortura dos presos e o terror que vivia, a cada dia, ao calcular “instintivamente a distância entre o forno e a sua ressecada caixa torácica”. R$ 39.

Faroeste paraense

Na década de 1980, os amigos Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim (Júlio Andrade) deixaram São Paulo para ir em busca de ouro em Serra Pelada. Além do metal, encontram ganância, violência e traição. O filme Serra Pelada, de Heitor Dahlia (diretor de À Deriva, Cheiro do Ralo e Nina) está previsto para chegar aos cinemas no dia 18 de outubro. O elenco conta com Sophie Charlotte e os “pesos pesados” Matheus Nachtergale e Wagner Moura (com uma careca irreconhecível). Dahlia e o diretor de fotografia Ricardo Della Rosa farão o espectador sair do cinema se sentindo empoeirado.