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A boa recepção aos médicos de Cuba: ‘Viemos para ajudar’

Notícias que foram destaque na Rede Brasil Atual no mês que passou

Bruno Peres/RBA

Oscar Martinez: otimismo

‘Viemos para ajudar’

“Viemos para trabalhar e nos esforçar. Vamos tratar a todos com respeito, mas também queremos respeito”, afirmou a médica Yasiel Perez, ao desembarcar em Brasília, na companhia de outros 175 profissionais vindos de Cuba. A delegação foi rece-bida no aeroporto com alguns protestos e muita festa. Eles vêm com a missão de ajudar o programa Mais Médicos a chegar em lugares onde a população não tem atendimento. Seu ­colega ­Oscar Martinez disse esperar conquistar a população com o trabalho. “Todas as questões que surgem, no início estão sujeitas a críticas e compreendemos. As últimas palavras sobre nós e nosso trabalho, ditas daqui a um tempo, é que valerão de verdade”, acentuou. A vice-ministra de Saúde de Cuba, Marcia Cobas, afirmou no dia seguinte que os profissionais de seu país que participam de missões estrangeiras, incluindo o Brasil, o fazem por solidariedade e não por salários altos. “Cuba não mercantiliza e presta serviços gratuitos ao Haiti e a países da África. Temos mais de 700 profissionais no Haiti que trabalham de maneira solidária”, disse. Leia mais

Batalha no Congresso

Batalha no CongressoO projeto de lei sobre a terceirização, em momento de votação na Câmara, reuniu algumas centenas de manifestantes da CUT, que fizeram uma “vigília” na Comissão de Constituição e Justiça. As centrais são contra o PL nº 4.330 de 2004, que regulamenta a atividade. As negociações na comissão quadripartite (governo, empresários, trabalhadores e parlamentares) não avançaram. Mesmo uma nova proposta apresentada pelo relator do projeto foi criticada pelos representantes dos trabalhadores, que veem risco de uma terceirização sem limites. A pressão tem levado a sucessivos adiamentos da votação do projeto, enquanto se busca um texto aceitável por todas as partes. Leia mais

 

Ponto fora da curva

Barroso: “Tradição lamentável”Na primeira sessão para julgar recursos da Ação Penal 470, chamou atenção a postura do ministro Luís Roberto Barroso, que participava pela primeira vez do caso. Com declarações destoantes das mais divulgadas: para ele, o chamado mensalão não deve ser visto como o maior escândalo de todos os tempos na história do país – “e, sim, o mais investigado”. O magistrado não trata o caso como episódio isolado. “Ao contrário, ele se insere em uma tradição lamentável, que vem de longe”, observou. Antes de tomar posse, ele havia declarado que considerava o julgamento da AP 470 “um ponto fora da curva”, o que causou irritação no tribunal. Ainda para Barroso, a corrupção não pode ser partidarizada, “é um mal em si”. Leia mais

Onde bate um coração

 “todo morador de rua tem um coração”No dia em que se lembravam os nove anos do assassinato de sete pessoas que dormiam nas proximidades da Praça da Sé, no coração da cidade de São Paulo, moradores de rua puderam falar, reclamar e dar sugestões a autoridades da capital. A cena se passou em agosto, com a presença do subprefeito e do secretário municipal de Direitos Humanos. Os dois ouviram, entre outras coisas, que “todo morador de rua tem um coração”. Leia mais

As vítimas não falaram

Yara Lopes/ALESPRosa Cardoso e Amelinha
Rosa Cardoso e Amelinha: “Ustra é condenado”

“Inaceitável”, diz Angela Maria Mendes de Almeida, ex-companheira do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto sob tortura no DOI-Codi, em 1971, sobre a forma com que o coronel da reserva Brilhante Ustra prestou depoimento à Comissão da Verdade, em maio. “Naquela audiência, não foi convidado ninguém torturado. Só o vereador Gilberto Natalini (PV) foi, mas sem ser convidado”, disse Angela durante audiência na Comissão da Verdade paulista. Também estava lá Maria Amélia Almeida Teles, que foi presa com o marido César e os filhos, de 5 e 4 anos – as crianças tiveram de ver os pais sendo torturados. Ela questionou o fato de Ustra ter sido tratado apenas como suspeito. “Ele é condenado em primeira e segunda instância.”
A coordenadora da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Cardoso, aceitou as críticas e prometeu trabalhar por nova audiência com Brilhante Ustra, em conjunto com a comissão paulista.

O combustível da cidade

Cesar Ogata/Prefeitura de São Pauloprefeitos
Frente de prefeitos: passagens mais baratas

Um aumento de R$ 0,50 no preço do litro da gasolina, destinado ao subsídio do sistema, causaria redução de R$ 1,20 no valor da tarifa de ônibus onde ela custa R$ 3. No caso de São Paulo, a redução beneficiaria 78% dos paulistanos, que usam o transporte público. Os dados, preliminares, constam de estudo feito pela Fundação Getulio Vargas a pedido da prefeitura. A pesquisa refere-se ao impacto da Contribuição de Intervenção Econômica sobre Combustíveis (Cide) no financiamento do transporte. A medida também levaria a uma redução do índice inflacionário. O aproveitamento da Cide para baratear as passagens de ônibus é defendido pela Frente Nacional de Prefeitos desde 2003. Leia mais