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Tributo a um baiano porreta

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A Companhia das Letras reedita, num projeto editorial grandioso, a obra de Jorge Amado. Os textos foram revisados a partir dos originais do autor e uma nova linguagem gráfica foi adotada para a coleção. Em março foi lançada a primeira etapa de clássicos: A Bola e O Goleiro, Capitães de Areia, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Mar Morto, A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água e Tocaia Grande. Fazem parte do projeto shows, concursos, palestras e mostras de cinema e fotografia. A vida e obra do baiano estarão em exposição fotográfica em maio no Instituto Moreira Salles do Rio, em julho no IMS de São Paulo e no de Belo Horizonte em outubro. Acompanhe a programação completa pelo endereço www.jorgeamado.com.br.

Betty é fogo

Loucura, erotismo, amor, intensidade… Betty Blue (37,2º Le Matin, de Jean-Jacques Beineix, França, 1986) virou cult quando de seu lançamento. Espanta que o VHS só tenha sido lançado em 2001 e o DVD (Sony Pictures) só saia agora. Antes tarde do que nunca, e melhor: em versão ampliada, com a restituição de cenas retiradas das cópias vistas nos antigos cineclubes. Zorg (Jean-Hughes Anglade), frio e acomodado, cuidava tranqüilamente de vários bangalôs no litoral da França. Até Betty (Béatrice Dalle) aterrissar em sua vida. Irreverente e selvagem, ela muda de humor como troca de roupa. Isso se agrava quando ela se convence – e tenta convencer o mundo – de que seu amor é um grande escritor. Antes de começar a ver, tire as crianças da sala. No cinema, o público emudecia aos primeiros raios de sol projetados na tela.

Parece insensatez

Em seu primeiro disco solo, a vocalista da banda Pato Fu, Fernanda Takai, encara um desafio atrevido: regravar Nara Leão. Onde Brilhem Seus Olhos tem as clássicas Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos (Roberto e Erasmo Carlos), Diz Que Fui por Aí (Zé Kéti e Hortêncio Rocha) e Lindonéia (Caetano e Gil). Atente para a participação especial de Roberto Menescal na guitarra de Insensatez. O projeto passa por várias fases da carreira de Nara. A irreverência de Fernanda dá um toque eletrônico e humorado, por exemplo, a Trevo de Quatro Folhas, que fica parecendo trilha de desenho animado. Moderníssimas, cada uma em sua época, compõem um álbum que surpreende. R$ 25, em média.

Um link para a memória

O site Memória Viva nasceu em 1998 quando Sandro Fortunato constatou que muitas personalidades que fizeram parte da história do Brasil contavam com pouca menção na internet. Começou com a encantadora de serpentes Luz del Fuego e hoje conta com biografia e materiais históricos de políticos, atores, músicos, escritores, poetas, jornalistas etc. Uma boa fonte de pesquisa, com informações curiosas e às vezes raras. www.memoriaviva.com.br.

Pelo fim da violência

O DVD Por uma Vida sem Violência é resultado do show realizado no Canecão para a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Conta com a participação de Alcione, Elba Ramalho, Elisa Lucinda, Lenine, Margareth Menezes, Vander Lee. Será distribuído pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM) para sindicatos e organizações não-governamentais. Informações em www.campanha16dias.org.br, na SPM, (61) 2104-9377; ou na Secretaria Estadual de Mulheres da CUT-SP, (11) 2108-9169.

Fotógrafo dos retratos

Retratos de um Auto-Retrato é uma série de Pablo Di Giulio com cerca de 90 fotos feitas entre 1984 e 2007. As imagens são belíssimas e pretendem evidenciar o diálogo entre o tempo e o espaço e o efêmero e o eterno no campo da fotografia de retrato. De terça a domingo, das 10h às 18h, até dia 25 de maio na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, Metrô Luz, tel. (11) 3324-1000. R$ 4 e grátis aos sábados.

Multiexposição

A relação entre palavra, música e imagem é abordada na exposição Arte e Música – Atravessamentos Poéticos, na Caixa Cultural de São Paulo (Metrô Sé). Chang Chi Chai parte da escrita ideográfica chinesa, que é tanto desenho quanto escrita e pintura; o poeta Marcelo Tápia apresenta uma composição poético-musical a partir da evocação do mar na épica grega e sua escrita fonética, uma homenagem a Haroldo e Augusto de Campos; o videopoema de Alberto Saraiva transita na tensão entre o inominável e os infinitos nomes; e Lenora de Barros tem uma instalação de fotos e vídeos que lembram que toda linguagem e toda arte têm sua fração de silêncio. Até 25 de maio, de terça a domingo, das 9h às 21h. Tel. (11) 3321-4400. Grátis.