Resumo

Tirando os parênteses

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A Rádio USP, da Universidade São Paulo, noticiou intensamente o concurso para a escolha do novo logotipo da emissora. O trabalho vencedor (imagem acima), selecionado entre 100, é de Andrea Silva Ribeiro, Leandro Lopes de Oliveira e Aline Coutinho de Araújo, alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Tentamos falar com os autores durante cinco dias, para saber deles se conheciam a Revista do Brasil, cuja marca existe desde maio de 2006, e se a semelhança seria mera coincidência. Não conseguimos. O diretor da Rede USP de Rádio, Lupércio Tomaz, afirmou que os logos não são parecidos, “tirando o fato de ter os parênteses”.

Heliodoro Bastos Filho, professor do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes da USP, garante que a semelhança não foi proposital: “O tema ‘rádio’, automaticamente remete às ondas eletromagnéticas, que tendem a ser representadas por círculos ou semicírculos concêntricos. Temos soluções gráficas absolutamente diferentes, para um mesmo conceito criativo”. A designer da Editora USP, Cinzia de Araújo, pensa parecido: “Nada que possa confundir as identidades”. Tecnicamente, a coincidência é possível. Mas os envolvidos no concurso foram avisados sobre ela seis dias antes da premiação, ocorrida no dia 16 de outubro.

Falta segurança bancária também na internet

O Itaú foi condenado a pagar indenização de R$ 18 mil a um cliente, vítima de transferência não autorizada de sua conta para a de outra pessoa, pela internet. A decisão é da 23ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, de acordo com o site Consultor Jurídico. “Segurança é prestação essencial à atividade bancária, razão pela qual o apelado (banco) deve responder por eventual falha”, diz o relator do processo, desembargador Rizzatto Nunes. Por mais que isso pareça óbvio, bancos tentam lavar as mãos. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) formulou substitutivo ao Projeto de Lei 89/2003, originário da Câmara dos Deputados, e a outros dois projetos de lei anexados ao primeiro, que dá brechas para que provedores de internet sejam responsabilizados por fraudes.

Prêmio Herzog

O cartunista Henfil, morto em 1988, e os jornalistas Caco Barcellos, Ricardo Kotscho, Zuenir Ventura e José Hamilton Ribeiro ganharam o Troféu Especial de Imprensa ONU: 60 anos da Declaração/Prêmios Vladimir Herzog. “São profissionais que, pelo conjunto do seu trabalho, mostram-se significativos, não só pela excelente qualidade do que produziram, mas por sua contribuição na defesa dos Direitos Humanos”, destacou o diretor do Centro de Informação das Nações Unidas, Giancarlo Summa. O troféu é iniciativa do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio de entidades e personalidades coordenadas pela Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes, entre elas ABI, OAB, CUT, Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo e Federação Nacional dos Jornalistas.

Novas estrelas

Para o PT, além da quantidade, o salto pode ser considerado bastante qualitativo. O partido manteve as capitais que tinha e conquistou vitórias expressivas, como no Pará, Bahia, Piauí e Minas, onde avançou no Vale do Aço, recuperou Betim e foi para a disputa com o PSDB em Contagem e Juiz de Fora. Nos municípios ao redor da capital paulista, chegou na frente em Diadema, Santo André, Osasco, Mauá, Guarulhos, Carapicuíba e em São Bernardo. A liderança do ex-ministro Luiz Marinho no berço do partido, o que não acontecia desde 1988, é também a primeira de um dirigente metalúrgico na cidade.

Outra cara

O PMDB continuou a ser o partido com maior número de prefeituras, ao saltar quase 15% em relação aos 1.053 eleitos de 2004. O PSDB continua sendo o segundo, mas perdeu 9% das cadeiras. O PT, que em 2004 era o sexto, com 400 prefeituras, agora subiu para terceiro, aumentando em quase 40% o número de cidades em que venceu, mesma proporção que perdeu o DEM (ex-PFL), o grande derrotado, apesar do desempenho em São Paulo. O principal estrago nas hostes do DEM aconteceu na Bahia, com o naufrágio do carlismo. Além da derrota em Salvador, de ACM Neto – uma das caras oposicionistas mais exibidas em rede nacional –, o partido caiu de 154 municípios para 66.

Novo ciclo

O resultado do PMDB na Bahia, do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira, um salto de 19 prefeituras para mais de uma centena, é representativo de uma nova face. O partido leva jeito de se tornar o PFL deste século. Padece de falta de projeto, não tem liderança nacional e vem cada vez mais vivendo e crescendo à sombra dos cargos que abocanha, tanto nas alianças regionais, as mais diversas, como na base de Lula. Mas beneficia-se mais que o PT na zona de influência dos programas sociais sobre a população de baixa renda. Cresceu 740% nas cidades com menos de 10 mil habitantes.

Comido quieto

Em Belo Horizonte, o governador tucano Aécio Neves e o prefeito petista Fernando Pimentel investiram todas as fichas numa vitória de Márcio Lacerda (PSB) no primeiro turno e saíram chamuscados. O crescimento de última hora do peemedebista Leonardo Quintão fortaleceu o ministro das Comunicações, Hélio Costa, que o bancou. O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, também se deu bem. Patrus não só torceu o nariz para a aliança em torno de Lacerda como foi considerado responsável por grande parte do crescimento de 35% do PT no estado. O PSDB perdeu até em São João Del Rey, terra de Tancredo Neves, avô de Aécio.