resumo

Nem a velhinha

O Ministério Público Federal tenta judicialmente pôr fim ao contrato de R$ 10,5 milhões recém-renovado, sem licitação, entre a Prefeitura de Taubaté e a empresa Expoente Soluções Comerciais e Educacionais, […]

O Ministério Público Federal tenta judicialmente pôr fim ao contrato de R$ 10,5 milhões recém-renovado, sem licitação, entre a Prefeitura de Taubaté e a empresa Expoente Soluções Comerciais e Educacionais, fornecedora de material didático para os alunos da rede pública de ensino. As apostilas, segundo apurou o ministério, apresentam desorganização textual, falta de conexão entre as partes e erros de português. O material foi adquirido entre 2006 e 2008 por R$ 33,4 milhões, a um custo de R$ 50 a R$ 60 a unidade, em substituição ao material cedido gratuitamente pela União, cujo custo unitário é de R$ 4,56 para o governo. Na ação que cita o prefeito, Roberto Pereira Peixoto (PMDB), o diretor do Departamento de Educação e a empresa, o MPF pede a devolução total do dinheiro aos cofres públicos.

Ciúme tem cura

Assumir o ciúme como uma doença é o primeiro passo para buscar ajuda. O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, está em busca de pacientes maiores para tratamento gratuito. O processo, que nada tem a ver com grupos de autoajuda, envolve a confirmação de diagnóstico, psicoterapia, medicação, se necessário, e acompanhamento médico. O ciúme patológico afeta pessoas com pensamentos e emoções irracionais sobre o parceiro que levam a comportamentos extremos, como a tentativa de controle da situação por meio de espionagem. As preocupações com a infidelidade do parceiro são baseadas em evidências incoerentes. Difere do ciúme normal, aceitável, porque a pessoa afetada não perde o contato com a realidade. Inscrições pelo telefone (11) 3069-7805 ou pelo [email protected]

Programas atenuam efeitos da crise

Estudo do professor da FGV Marcelo Cortes Neri mostra que a crise não atingiu os mais pobres no Brasil, não lhes diminuiu a renda, não freou a queda da desigualdade e, o que mais impressiona, não impediu que as classes D e E continuassem encolhendo e seus integrantes continuassem ascendendo à classe C mesmo no período negro de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2008. Nenhum dos grandes jornais deu destaque para o estudo. O trabalho, intitulado “Crônica de uma crise anunciada – choques externos e a nova classe média”, foi apresentado pelo professor Neri em entrevista coletiva. Assista em www3.fgv.br/ibrecps/VIDEOS/C2008/C2008_resultados.wmv ou leia em www3.fgv.br/ibrecps/C2008/C2008_CronicaTextoFim.pdf. São informações sobre impactos do PAC, de programas sociais e de transferência de renda na economia. A dica é do blog do líder do Movimento dos Sem-Mídia, Eduardo Guimarães (edu.guim.blog.uol.com.br).

Nada se cria

Com humor e visão de negócios, o proprietário da rede de lanchonetes McFavela vai ganhando a freguesia. Já são duas unidades, uma em Guarulhos e outra em São Miguel Paulista, em São Paulo. Ele tomou algumas providências e mantém discreta sua identidade para não provocar a ira da maior rede de lanchonetes do mundo. Mas gosta de instigar. Faz sucesso com McLarica a R$ 5 ou McPicanha a R$ 7,80, também conhecido por “Pode Pá que é Diretoria”. Na casa, o cartaz avisa que o McFavela é contra a burguesia que menospreza “nós da periferia”. O nome foi copiado de uma lanchonete na favela Heliópolis, também de São Paulo. Só que lá o McDonald’s exigiu, e o nome teve de ser trocado. Virou Rey do Hambúrguer 100% Heliópolis.

Senhor merchan

A campanha presidencial de José Serra está tão avançada, mas tão avançada que tem gente dispensando até a eleição de 2010. Para quê, se o homem já está eleito? De Milton Neves, jornalista e publicitário, em 8 de fevereiro, ao entrevistar José Serra no rádio após o jogo Palmeiras x Santos: “O senhor é o nosso Obama, em quem depositamos todos os nossos sonhos, o senhor será o nosso presidente da República”. Só não se sabe se este “nosso” aí da frase refere-se aos seus ouvintes ou aos seus patrocinadores. A torcida pró-Serra entre alguns barões da mídia é tamanha que ele talvez nem precisasse ter expandido tanto os gastos com publicidade do governo paulista. Imagine se fosse outro o governante que estivesse viajando em férias enquanto a violência estava rolando solta em Paraisópolis.