Resumo

Mais um escândalo do governo Serra

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A distribuição do livro Dez na Área, um na Banheira e Ninguém no Gol, para servir de apoio pedagógico a alunos da 3ª série do ensino fundamental da rede pública paulista, foi mais um escândalo da área educacional do governo Serra. O livro contém 11 histórias ilustradas sobre futebol, com expressões pornográficas, palavrões e apologias a uma organização criminosa. Foram distribuídos, e depois recolhidos, 1.216 exemplares. Há pouco tempo tiveram de ser recolhidos 500 milhões de exemplares de uma publicação de Geografia, elaborada para o programa São Paulo Faz Escola, com países da América do Sul sobrando e outros faltando. A secretária de Educação Maria Helena Guimarães foi substituída em abril pelo ex-ministro de FHC, Paulo Renato de Souza. Mas o show de horrores continua. O próprio Serra classificou a publicação de “um horror” e prometeu apuração e punição aos responsáveis. Seria razoável haver alguém capaz de “apurar” a qualidade do material didático antes de encomendá-lo.

Perigo na floresta

Para quem ficou preocupado com o destino da Medida Provisória 458, vem mais inquietação pela frente. A MP foi editada pelo governo com a finalidade de disciplinar a ocupação dos 13% das terras da União que estão na Amazônia Legal. Ao ser apreciada na Câmara, sofreu alterações que agradaram os grandes proprietários rurais e deixaram ambientalistas atônitos. Eles temem a institucionalização da grilagem e o avanço da devastação. No Senado, o presidente da Casa, José Sarney, designou relatora da MP a senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Kátia preside a Confederação Nacional da Agricultura e é famosa por combater as fiscalizações contra o trabalho escravo e as regras que limitam o desmatamento. A senadora Marina Silva (PT-AC) queria ao menos um relator “neutro”.

Novos lances na mídia

O presidente Lula acaba de emitir decretos que dão ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC concessões para um canal gerador de TV em São Caetano do Sul e uma emissora de FM em Mogi das Cruzes (ambas na Grande SP). As outorgas, que devem ser votadas pelo Congresso, vão para a Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho. Criada em 1991, a fundação é presidida interinamente pelo vice-presidente do sindicato, Rafael Marques, e tem um conselho com representantes de outras categorias da região e da capital – como químicos, bancários, petroleiros, professores e jornalistas. Os trabalhadores já tinham aprovados um canal de TV em Mogi e uma FM em São Vicente. A ideia é produzir programas educativos e culturais, com jornalismo e prestação de serviços, e distribuí-los em todo o país por meio de redes e estações comunitárias.

Raio X da crise

A crise internacional vista por todos os ângulos é a proposta da coletânea de artigos ABC da Crise, organizada pelo jornalista Sérgio Sister e publicada pela Editora Perseu Abramo. Com artigos e entrevistas de Maria da Conceição Tavares, Paul Singer, Márcio Pochmann, Paul Krugman, Guido Mantega, Luiz Gonzaga Belluzzo, Chico de Oliveira, Cézar Manoel¬ de Medeiros, Carlos Eduardo Carvalho, Ricardo Berzoini e do próprio Sister, a obra chega às livrarias neste início de junho e pode ainda ser encontrada na loja virtual da editora (www.efpa.com.br).

Ciência x transgênicos

O diretor executivo do Instituto pela Tecnologia Responsável, dos Estados Unidos, Jeffrey Smith, proferiu palestra na Escola de Governo, do Paraná, no último dia 12 de maio, onde lançou seu livro Roleta Genética. A palestra traduzida pode ser lida em (www.portalagricultura.com.br). Smith aplaudiu a briga do governo Requião em declarar seu estado área livre de transgênicos e listou pesquisas pelo mundo que descrevem seus efeitos em pessoas e animais. Segundo ele, quando os transgênicos foram introduzidos no mundo, em 1976, 7% dos norte-americanos tinham três ou mais doenças crônicas. Depois de nove anos, chegou a 13%. “Há médicos dizendo que alergias, autismo e uma série de mazelas podem estar relacionados com o consumo de alimentos geneticamente modificados”, revelou. “Minha esperança é que essas informações cheguem a cada mãe responsável pela compra dos alimentos.” ([email protected]).