Tecnologia social contra a pobreza

Série com 16 programas mostra formas criativas de trabalho, distribuição de renda e inclusão. Histórias de comunidades que criam oportunidades de mudar a realidade

(Foto:Divulgação/TVT)

A cada episódio, a série Tecno­logia Social: Solução para Superar a Pobreza traz uma experiência original sobre educação, renda, trabalho e qualidade de vida de famílias e comunidades inteiras. Em Baturité (CE), jovens utilizam a música e o esporte para fortalecer a cidadania. Nas comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul, a educação de adultos abre horizontes para a vida dos descendentes de escravos.

Projetos de promocão de trabalho e renda atravessam estados na construção de barraginhas, na produção agroecológica integrada e sustentável, no fortalecimento de cadeias produtivas, do mel, do caju, da mandioca, entre outras. Iniciativas que estimulam o cooperativismo e ajudam a produzir riquezas no local de origem dos projetos.

A série tem formato de minidocumentários, resultado da parceria entre a Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, mantenedora da TVT, e a Fundação Banco do Brasil, uma das principais apoiadoras de programas de tecnologias sociais do país. Exibida de segunda a sexta-feira, estreou em 26 de novembro e vai até 17 de dezembro, às 19h30, na programação da TVT, no Canal UHF 46, em Mogi das Cruzes, e na Rede NGT, presente em 310 cidades espalhadas por 11 estados.

Do norte ao sul do Brasil, a série retrata cenários inusitados. Cidades isoladas que parecem ter saído de filme de ficção. Comunidades castigadas pela seca e pela miséria revelam os contrastes entre a paisagem cruel e a beleza do sertão. Em cada região do país, descobre principalmente pessoas com uma vontade imensa de construir uma vida melhor. Em quase todas as histórias, uma característica se destaca: a forte presença das mulheres, valentes e protagonistas.

A agricultora Girlene, de Urupá, em Rondônia, é uma delas. Ao lado do marido e dos filhos, ela investe na Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais). Na horta, cultivada num pequeno pedaço de terra e com técnica simples e criativa, a família já colhe os frutos, ou melhor, as caixas de verduras e legumes, que são fornecidas a escolas e feiras da região. A produção sem agrotóxicos resulta num alimento saudável que todos os dias chega à mesa do consumidor e da própria família.

Girlene mora numa casa simples e sem eletricidade, mas um lugar digno, agradável, vistoso. Recebe a equipe com sorriso no rosto, dá boas-vindas aos filhos que chegam da escola, prepara o almoço e ainda enfrenta a lida diária em casa e na roça. E está feliz da vida com os resultados que colhe todos os dias e com a perspectiva de um amanhã próspero para os filhos. Ela é uma entre tantas guerreiras que a série vai mostrar.

Realidades como a da professora Crismara, que fez da sua casa a sala de aula para alunos quilombolas; da catadora Cláudia, que trocou o corte e costura por maior consciência ambiental na separação de material reciclado; da cooperada Janecleide, no sertão da Bahia, que viu na produção de biscoito uma forma de aumentar a renda e resgatar a autoestima. Mais do que experiências de tecnologias sociais, a série conta a história de brasileiras e de brasileiros.

Além da exibição em rede aberta de televisão, os 16 programas, com roteiro e direção da jornalista Eliane Biondo, podem ser vistos nos portais da TVT (www.tvt.org.br) e da Fundação Banco do Brasil (fbb.org.br).  

Como sintonizar

ABC e Grande São Paulo (NGT ) Canal 48 UHF  (18h às 20h30) 

Mogi das Cruzes (UHF) Canal 46

Na internet www.tvt.org.br