Continua em 2013

Operário em Shanxi: a China ajusta sua economia para crescer num ritmo sustentável (Foto:Stringer/Reuters) Este ano, de novo, anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar, como diz a […]

Operário em Shanxi: a China ajusta sua economia para crescer num ritmo sustentável (Foto:Stringer/Reuters)

Este ano, de novo, anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar, como diz a letra de um samba de Assis Valente – gravado por Carmen Miranda em 1933. De novo, a profecia não se cumpriu, mas o planeta teve lá seus problemas. Na Europa, vários países, diante da crise, recorrem a velhas fórmulas de austeridade que atingem, acima de tudo, os cidadãos. Milhares de pessoas têm saído às ruas para protestar contra o corte de direitos e o aumento de impostos. Nos Estados Unidos e na China, as duas potências mundiais, é momento de correção de rotas. Um país reelegeu seu presidente, enquanto outro vive as tensões decorrentes da troca de comando.

No Brasil, a economia perdeu força. Menos mal que as taxas de desemprego se mantiveram em queda ou, pelo menos, estáveis. O emprego ainda cresce, mas em menor ritmo. A indústria parece ser o setor mais atingido e, depois de receber várias medidas de estímulo, tenta empurrar o carro para o alto da ladeira, na esperança de embalar em 2013. Essa é a expectativa do governo, que atinge agora a metade do mandato.

Alguns personagens ganharam evidência ao longo do ano. Entre eles o ex-presidente do PT José Genoino, um dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo conhecido como “mensalão”. Nesta edição, ele fala como viu o julgamento no STF e lembra sua vivência política, do Araguaia a Brasília. Em tempos de dosimetria, é um bom período para a reflexão sobre os rumos do país e para lembrar que o conceito de nação pressupõe o funcionamento regular e equilibrado do Executivo, Legislativo e Judiciário. Em outras palavras: não se pode demonizar um às custas de outro.

Também é tempo de mudança nas prefeituras. Que as novas administrações municipais se inspirem nas expectativas das pessoas nas ruas e as cidades sejam cada vez mais de quem vive nelas, com todas as suas diferenças.

Os movimentos sociais, por sua vez, esperam atitudes de seus governantes e legisladores. Temas importantes estão há tempos no Congresso e precisam sair do papel. Fim do fator previdenciário, redução da jornada, marco civil da internet são alguns deles. Como o mundo vai continuar, que seja para melhor.