Ponto contra a homofobia

(Foto: Alexandre Arruda/ CBV) Poderia ser brincadeira (de mau gosto) pelo dia da mentira, mas não. Em 1º de abril, no duelo pela semifinal da Superliga Masculina, o meio de […]

(Foto: Alexandre Arruda/ CBV)

Poderia ser brincadeira (de mau gosto) pelo dia da mentira, mas não. Em 1º de abril, no duelo pela semifinal da Superliga Masculina, o meio de rede Michael, da equipe Vôlei do Futuro, de Araçatuba (SP), foi ofendido com gritos homofóbicos da torcida do Sada-Cruzeiro, em Contagem (MG). Além de o Sada-Cruzeiro ter sido punido dias depois pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em R$ 50 mil, no jogo seguinte ao dos insultos o time e a torcida de Michael deram a resposta.

Dessa vez era um jogo em casa, no interior paulista. Com a arena lotada, o clube lançou a campanha “Vôlei Futuro contra o preconceito”, em uma enorme faixa amparada pela torcida. Antes do jogo foram distribuídas 5.000 bisnagas cor-de-rosa. Da mesma cor eram as ataduras e camisetas dos jogadores durante o aquecimento, todas com o nome de Michael. O líbero Mário Jr. jogou com uma listrada com as cores do arco-íris, símbolo de luta do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros). Emocionado com o apoio que recebeu, Michael agradeceu, por meio da assessoria de imprensa: “Antes do jogo, eu sabia que teria alguma coisa, mas não imaginava o quê. Antes de entrar em quadra vi a camisa do Mário Jr. e achei muito criativa, mas, quando a equipe entrou no ginásio e vi aquele povo todo com os ‘bate-bate’ com meu nome, com aquela megabandeira… Fiquei emocionado, foi um gesto muito carinhoso”. Ele e o time ganharam nos dois jogos, nos pontos e contra o preconceito.