Futebol para poucos, guerra para muitos

Edição de abril traz esporte, política internacional, Ney e 1º de Maio com África

Matheus Serva, da Associação Nacional dos Torcedores (Foto:Rodrigo Queiroz/Revista do Brasil)

Trazido da Europa para o Brasil, o futebol deixou rapidamente de ser um esporte da elite para ganhar ruas e campinhos país afora. Agora, parece fazer o caminho inverso, com preços mais altos e pacotes de TV proibitivos a grande parte da população. Os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 acirram esse fenômeno e contribuem para expulsar de campo quem ganha pouco. É o assunto da reportagem de capa da edição de abril da Revista do Brasil.

A revista fala ainda da política externa do governo brasileiro, que prioriza o diálogo. Bem diferente dos senhores da guerra, que recomendam o ataque de acordo com suas conveniências, a pretexto de uma visão “humanitária”. A crise na Líbia e a visão brasileira são temas que merecem reflexão. 

Debate é o que espera a CUT ao promover o 1º de Maio deste ano, que tem como tema as relações do nosso país com a África. Uma realidade que já começou a mudar, mas ainda revela um sem-fim de desigualdades e injustiças. 

Relato de um sobrevivente do massacre de Corumbiara, em Rondônia, 16 anos atrás, mostra que há muito também a fazer em relação ao direito à terra.

Aos 70 anos, Ney Matogrosso conta que não esperava cantar depois dos 50. Pois ultrapassou o velocímetro do tempo e exibe uma vitalidade impressionante, sem data para terminar de cantar. Malditos são apenas um rótulo, ensina: o que existe é compositor bom ou ruim. E lá na Paraíba, Chico César assume a Secretaria da Cultura para priorizar a arte popular. 

Laurindo Lalo fala da busca desenfreada da TV por audiência, acima da ética e descambando na violência. E Mauro Santayana relembra as origens e consequências do golpe de 1964 no Brasil.