Seção de Cartas edição 56

Rio de Janeiro A reportagem “Di­lemas­ do Rio” (edição 55) é sensacional. Sou carioca e às vezes tenho vontade de voltar para o Rio, mas o medo fala mais alto. […]

Rio de Janeiro

A reportagem “Di­lemas­ do Rio” (edição 55) é sensacional. Sou carioca e às vezes tenho vontade de voltar para o Rio, mas o medo fala mais alto. Com referência às tais Unidades de Polícia Pacificadora, tenho minhas dúvidas, pois o meio policial sempre foi corrupto. Não acredito que  o governador do Rio, Sérgio Cabral, tenha controle para impor moral e manter policiais capacitados nessa área. Acho que realmente passou da hora de a Anatel e o Ministério das Comunicações reverem melhor a situação das concessões de rádios, em especial das comunitárias, pois vejo de real utilidade o desempenho que cada comunidade possa ter, dentro dos limites, com o bom funcionamento delas. Gostei muito do depoimento do rapper e cineasta MC Fiell.
Jose Aguiar, São Paulo (SP)

Santa Marta

A entrevista do Itamar Silva (“O mercado sobe o morro”, edição 55) é ponderada, analítica e nada ingênua, como é tão ao gosto da grande mídia brasileira. Parabéns.
Ricardo Moreno, Rio de Janeiro (RJ)

Itamar Silva demonstra, mais uma vez, sua incrível capacidade de compreender a realidade em que vive. Pessoas como ele merecem grande visibilidade, pois nos ajudam a pensar e a olhar de modo crítico tudo o que acontece à nossa volta. Adorei a entrevista.
Vania Cury, Rio de Janeiro (RJ)

Remédios e patentes

Não vi na reportagem (“Não acredite em amostra grátis”, edição 52) nenhuma menção à Central de Medicamentos (Ceme), criada com o propósito de distribuir medicamentos ao povo. O Collor fechou o órgão, pressionado pelas farmacêuticas, com base na notícia da Folha de S.Paulo, sempre ela, de que lá havia roubalheira – o que nunca foi provado. O mal é deixar tudo como está… Além de se permitirem remédios que não curam para que sejam comprados sempre.
Graccho Maciel

Leonardo Boff

Isso não tem absolutamente nada a ver com Deus (“Desta vez não há arca de Noé”, entrevista com frei Leonardo Boff, edição 55). O entrevistador tenta indicar que “falta Deus” nas discussões climáticas. Isso é o que há de mais conservador. Deus não tem relação nenhuma com isso. Vale dizer que os países capitalistas tiveram sempre estreitas ligações com protestantes e, logo, com o dinheiro. A ética do capitalismo e o espírito protestante de Max Weber ressaltam justamente a influência do calvinismo na construção da sociedade capitalista americana. Os capitalistas são religiosos, não falta Deus no coração deles porque, na visão protestante/teologia da prosperidade, se você ganha dinheiro, você é um bom fiel. Não coloquem Deus nisso tudo. Somos dotados de inteligência para resolver nossa situação sozinhos. Deus está morto.
Eduardo, São Paulo (SP)

Sem-teto

Parabéns pela reportagem “Capital da contradição” (edição 55), por ter trazido a visão sobre o que é o problema habitacional.
Ronaldo Richieri, São Paulo (SP)

Privatizações

A revista de setembro do ano passado fez menção às privatizações em uma reportagem (“Estado para quem precisa”, edição 51). Pois é, em novembro fez dez anos que o Brasil perdeu um de seus símbolos, imponente e charmoso, localizado no centro de São Paulo. A torre do Banespa, um dos monumentos históricos do país, simbolizava o desenvolvimento. Hoje é um edifício vazio. Simboliza a traição. A privatização foi um prejuízo para São Paulo e para o Brasil. Recursos que antes financiavam universidades, por exemplo, agora vão embora para a Espanha.
José Roberto Cordeiro de Souza, Mauá (SP)

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