O novo ‘5x Favela’ e o novo Brasil

Edição conta a história do filme, de uma sociedade que se organiza para fazer cinema e faz um país diferente. E explica por que considera Dilma Rousseff melhor para suceder Lula

A edição de setembro da Revista do Brasil traz como reportagem de capa um assunto emblemático para retratar o amadurecimento da democracia do país: a refilmagem de uma obra histórica do Cinema Novo, 5x Favela, produzido por diretores ligados ao Centro Popular de Cultura da UNE no Brasil pré-golpe militar. Na ocasião, em 1961, aqueles jovens de classe média subiram o morro para filmar como viam aquele pedaço de realidade.

A versão atual tem no título o complemento Agora por Nós Mesmos. E traz, em seus cinco episódios, histórias contadas sob o ponto de vista de moradores das próprias favelas, que se tornaram diretores talentosos depois de darem os primeiros passos nas técnicas cinematográficas a partir de oficinas ministradas em suas próprias comunidades. É o resultado concreto do trabalho de pessoas que se organizam, num ambiente rodeado de pobreza e vulnerável à violência, e comprovam que proporcionar oportunidades é democratizar o direito dos jovens de sonhar, de ter perspectivas de futuro – e mesmo de viver o cinema na condição de protagonista, mais que expectador, sujeito da obra.

A edição preparou reportagens abordando avanços alcançados nas áreas de trabalho e emprego, inclusão social, educação, saúde, segurança e no papel desempenhado pelo Estado brasileiro. A publicação observa que o país ainda tem muito a alcançar nessas áreas para saldar a imensa dívida social construída ao longo de sua história. E explica como o governo Lula foi diferente das gestões anteriores à do operário e por que considera Dilma Rousseff a mais preparada para dar continuidade ao processo de mudança, para melhor, experimentado pelo Brasil. Leia aqui o editorial – A soma das pessoas.

Destaque ainda para a importância das eleições legislativas e a atenção que o eleitor deve prestar ao escolher deputados estaduais, federais e senadores, pois é com eles que os próximos governantes terão de conviver a partir de 2011. E pelas agendas das assembleias legislativas e do Congresso Nacional passarão temas que podem melhorar – ou não – a sua vida.

A lutadora sérvia Duda Yankovich, radicada no Brasil, fala em entrevista a Andrea Dip sobre lembranças de seu país e suas batalhas, nos ringues e fora deles, para nocautear o preconceito. Miriam Sanger mostra como os jovens se atolam em dívidas e como agir para que as seduções do crédito fácil e do consumo não estraguem a vida da família. A repórter Andréa Moreira visita Ouro Preto, Mariana, Tiradentes e São João del-Rei e mostra os riscos de degradação do patrimônio histórico que abrigam.

E o jornalista Celso Unzelte, apresentador do programa Loucos por Futebol da ESPN Brasil e autor de vários livros sobre o esporte, descreve sentimentos que rodeiam os corintianos e não-corintianos no mês em que o alvinegro celebra seu centenário.