Para ver, rever, pensar ou desligar

Morro acima De longe pode até parecer chover no molhado, mas a exposição Rocinha – Cotidiano e Arquitetura surpreende: o colaborador da Revista do Brasil Rodrigo Queiroz conseguiu um novo […]

Morro acima

RocinhaDe longe pode até parecer chover no molhado, mas a exposição Rocinha – Cotidiano e Arquitetura surpreende: o colaborador da Revista do Brasil Rodrigo Queiroz conseguiu um novo olhar sobre uma das comunidades mais fotografadas do país. Das mais de 600 fotos que produziu, 34 estão expostas até 26 de setembro no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro. Depois, devem seguir para São Paulo e Belo Horizonte. O objetivo da exposição é que os moradores da Rocinha se vejam retratados numa galeria sem que o foco das obras seja a miséria, mas sim o cotidiano, as edificações e as infinitas e criativas soluções para seus problemas arquitetônicos. Nada de glamourização da pobreza. O que o visitante verá são, acima de tudo, belos retratos da vida comum, que ninguém vê. Tem ambientação sonora de rádios piratas, palestras, oficinas e visita guiada. De terça a domingo, das 12h às 19h. Informações: (21) 3261-2550. Grátis.

O que importa

Era uma vez um gatinho que foi abandonado na porta de uma biblioteca e adotado por um casal de ratos. Um dia, ele descobre que não é um rato e, revoltado, foge de casa. Vive aventuras, faz amigos e percebe que o que importa de verdade é o amor. A peça infantil O Gato que Pensava Ser Um Rato, da Cia. Ser de Teatro, tem duração de uma hora e aborda de forma lúdica assuntos sobre a diferença, adoção e relações entre as pessoas (ou bichos!). Em cartaz de 21 de agosto a 17 de outubro na sala Gil Vicente do Teatro Ruth Escobar. Rua dos Ingleses, 209, Bela Vista, São Paulo, tel. 3289-2358. Sábados e domingos, às 17h30. R$ 10 a R$ 20.Gato que pensava

Casa e infância de Jorge

Jorge Amado

Jorge Amado completaria 98 anos em agosto, e para celebrar a data, chegam dois livros. Em A Casa do Rio Vermelho (Cia. das Letras, R$ 47), Zélia Gattai relembra e apresenta a história da casa que eles compraram nos anos 1960 no alto de uma ladeira. O imóvel entrou para a história da literatura – lá recebiam os amigos, davam festas, era um território regido pela alegria e pelo jogo das ideias. A delicadeza da anfitriã é o convite para sentir-se à vontade.
Para os pequenos, Myriam Fraga conta a história da infância do escritor em Jorge Amado – Coleção Crianças Famosas (Callis Editora, R$ 20). O cenário onde brincava, em Ilhéus, as experiências que inspiraram alguns dos seus 49 livros e as ilustrações de Angelo Bonito transportam o leitor para a Bahia miscigenada de Jorge Amado.

Viagem ao Nordeste

O álbum Cortejo, do guitarrista Cristiano Pinho, é um instrumental profundamente nordestino, cheio das notas regionais, com sotaque de blues, harmonia jazzística e um quê de rock’n’roll. Sua guitarra, que já tocou para Raimundo Fagner e Kátia Freitas (entre outros cearenses), é acompanhada por rabecas, violas portuguesas e percussão. A Volta da Asa Branca/Sertão Linda Flor e Juazeiro são homenagens a Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e Capineiro, que nasceu de um improviso, é uma canção tradicional cantada por Fagner. À venda em
www.ellemento.com por R$ 25.

Ritmo e fumaça

Proibido fumar

Baby (Glória Pires) vive sozinha no apartamento que herdou da mãe, onde dá aulas de violão para alunos bem desinteressados. A sua melhor companhia é o cigarro, até o músico de churrascaria Max (Paulo Miklos) virar seu vizinho, uma chance de voltar a ter uma vida interessante. É Proibido Fumar, filme de Anna Muylaert, é uma história simples de romance e solidão, cheia de humor. Tem trilha sonora bem garimpada, que vai de Villa-Lobos a Bola Sete, Juca Chaves e Jorge Ben Jor. Do You Like Samba, de Cyro Aguiar, fecha o filme com chave de ouro. Em DVD.