Notícias e músicas que só a Rádio Brasil Atual leva até você

A experiência bem-sucedida da Rádio dos Bancários nos anos 1990 (92-94, pela Gazeta AM São Paulo) apontou alguns caminhos para o radiojornalismo alternativo, engajado na luta dos movimentos sociais e […]

A experiência bem-sucedida da Rádio dos Bancários nos anos 1990 (92-94, pela Gazeta AM São Paulo) apontou alguns caminhos para o radiojornalismo alternativo, engajado na luta dos movimentos sociais e dos direitos humanos e comprometido na defesa dos trabalhadores. No começo dos anos 2000, a CUT e seus principais sindicatos voltaram a investir firmemente em comunicação.

O projeto de jornalismo na rádio nasceu em 2004, no histórico dia 9 de julho, por propositada coincidência, na Rádio Nove de Julho 1600 AM, também em São Paulo: o Jornal dos Trabalhadores. O programa era transmitido em parceria pela Rádio Brasil de Campinas e por uma rede de emissoras comunitárias.

Ganhou audiência e um grande número de colaboradores. Cresceu, mudou de nome (Jornal Brasil Atual) e migrou para a FM em 2007 (primeiro na 94,1 FM, depois na 98,1 FM).

Em 2012 ganhou casa própria, com o início das atividades na Rede Brasil Atual de Rádio (98,9 FM São Paulo, 93,3 FM Litoral Paulista e 102,7 FM Noroeste Paulista) e consolidou seu núcleo de jornalismo, vencedor por duas vezes do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Além disso, uma nova grade de programação musical, marcada pelo melhor da música produzida no Brasil, foi implantada em 2016.

Uma programação musical eclética que vai do sertanejo raiz ao rap, da MPB ao choro, e um jornalismo dedicado à cidadania e aos interesses da classe trabalhadora brasileira.

Confira a programação:

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De segunda a sexta-feira, das 5h às 7h

Há cinco anos o programa Viola Brasil Atual embala o começo do dia dos ouvintes que gostam da verdadeira música sertaneja de raiz. Sob o comando de Guaracy Júnior, é um programa informal, leve, feito para quem gosta de acordar cedo e iniciar a manhã escutando a música sertaneja e caipira que as outras rádios não tocam. Canções antigas e novas que retratam a realidade da vida do homem do campo, seus amores, anseios e dilemas, todas as faces da cultura caipira.

O Viola Brasil Atual recorda clássico sertanejos e também abre espaço para novos talentos que não encontram acolhida nas rádios comerciais. Como define Guaracy Júnior, o programa reativa a memória de quem viveu ou ainda vive a realidade do campo por esse imenso Brasil. Além da música, há ainda espaço para contos e causos do folclore nacional. “O Brasil ama a música sertaneja de raiz”, costuma dizer Guaracy Júnior.

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De segunda a sexta-feira, das 7h às 9h

As notícias que as outras rádios não dão. Com esse lema, o programa oferece aos ouvintes entrevistas, comentários e reportagens que definem a linha editorial progressista da Rádio Brasil Atual.

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Glauco Faria
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Marilu Cabañas

Apresentado por Marilu Cabañas e Glauco Faria, o Jornal Brasil Atual aborda os principais fatos da política, economia, educação, mundo do trabalho, cidadania, meio ambiente e direitos humanos. Os assuntos são tratados sob a perspectiva dos trabalhadores, com uma forma de abordagem muito diferente das rádios comerciais do país.

O programa ainda conta com as participações especiais de especialistas em economia, meio ambiente, economia, mundo do trabalho, política internacional.

“O jornal tem um diferencial em relação ao noticiário de rádio em geral por ter como um de seus eixos principais as entrevistas, que buscam não apenas retratar o fato em si, mas também a sua interpretação e análise. E também busca manter uma relação estreita com os ouvintes, que sempre colaboram com sugestões de pautas, críticas e mesmo indicação de fontes”, diz Glauco Faria.

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De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h

Se o jornalismo da Rádio Brasil Atual divulga “as notícias que as outras rádios não dão”, a programação musical traz “as músicas que as outras não tocam”. Assim é o Manhã Brasil Atual, apresentado por Emerson Ramos, com um repertório eclético, respeitoso tanto com nomes já consagrados da música brasileira quanto no espaço para lançamentos e para artistas que ainda estão despontando no cenário musical.

Com grande interação com os ouvintes via WhatsApp, o programa apresenta ainda entrevistas, descobre novidades, apresenta lançamentos e traz muitas dicas culturais.

Durante a programação musical, boletins rápidos recuperam notícias do dia, uma combinação que não raro produz uma espécie de “diálogo” entre o fato e as canções.

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De segunda a sexta-feira, das 12h às 14h

Ao bom estilo de música ao vivo, o Hora do Rango é um programa que toca e deixa tocar, refletindo a variedade cultural do país. O programa recebe músicos, compositores, cantores e cantoras de todas as tribos e gerações. Por seu estúdio já passaram nomes como Odair José, Filipe Catto, As Bahias e a Cozinha Mineira, Zé Geraldo, Mônica Salmaso, Renato Braz, Fabiana Cozza, Joyce, Emicida, Antônio Nóbrega, Mano Brown e até mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns menos divulgados pela mídia comercial, mas com muita qualidade para mostrar.

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Colibri

“A diversidade musical brasileira é absurda, e isso as rádios não tocam, é monocultura musical”, afirma o apresentador Oswaldo Luiz Colibri Vitta, vencedor do prêmio de melhor produtor musical de 2017, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Foi no Hora do Rango, por exemplo, que Jerry Adriani (1947-2017) deu a sua última entrevista, que Chico César tocou no estúdio, em primeira mão, a música que fez em homenagem aos estudantes secundaristas, Mano Brown lançou disco e o jornalista Jotabê Medeiros antecipou trechos de sua biografia sobre Belchior. Um programa vibrante, que incentiva e revela o melhor da música brasileira.

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De segunda a sexta-feira, das 14h às 17h

Assim como o Manhã Brasil Atual, sua versão vespertina privilegia músicas menos conhecidas de artistas novos ou famosos, com uma programação que dificilmente se repete. Emerson Ramos toca o Tarde Brasil Atual com o mesmo comprometimento com a música brasileira e artistas contemporâneos. “Música também é uma forma de fazer política”, define Emersom, ressaltando o repertório alinhado com o perfil progressista da rádio.

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Emerson Ramos

 

O noticiário também está presente no programa, proporcionando muitas vezes a articulação entre o jornalismo e as canções. “A música brasileira fala sobre qualquer tema”, diz o apresentador, com 25 anos de carreira. Entrevistas e dicas culturais de shows compõem a programação, sempre com as “músicas que as outras rádios não tocam.”

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De segunda a sexta-feira, das 17h às 18h30

Apresentado por Rafael Garcia, a edição da tarde do Jornal Brasil Atual segue a fórmula do programa matutino, com as notícias que as outras não dão, por meio de entrevistas, análises e reportagens – e uma afinada parceria com a equipe do Brasil de Fato. A programação tem ainda prestação de serviço, as notícias do dia com a participação dos repórteres que estão nas ruas, colunistas trazendo análises do ponto de vista dos trabalhadores e dos movimentos populares.

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Rafael Garcia

Os principais fatos do Brasil e de São Paulo, seja na área política, econômica, em educação e saúde, habitação, transporte urbano, segurança pública e direitos humanos, sempre abordando temas relevantes e negligenciados pela mídia tradicional. O programa conta também com a participação dos ouvintes, via WhatsApp, com críticas e comentários.

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De segunda a sexta-feira, das 18h40 às 19h

O jornalista José Trajano comanda um bate-papo descontraído sobre futebol, política, música, cultura e sociedade. Com mais de cinco décadas de jornalismo, iniciou carreira no Jornal do Brasil nos anos 1960, colaborou com a imprensa alternativa, como a revista Ex, passou pela TV Cultura e montou as primeiras equipes do canal pago esportivo ESPN Brasil.

Depois de trabalhar com o antropólogo Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro, nos anos 1980, passou a definir sua vida como antes e depois de Darcy. Sempre engajado politicamente, nos últimos anos, a partir da movimentação conservadora que culminaria no golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff e contra o Brasil, tornou-se ainda mais presente em movimentos e ações de resistência democrática.

Apaixonado por futebol e por música, seu programa traz sempre uma combinação de debate político e esportivo com temperos culturais.

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Toda segunda-feira, das 20h às 22h

Afinal, onde começa e onde termina a MPB (Música Popular Brasileira)? É com essa saudável provocação que o programa Circuito MPB apresenta aos ouvintes um amplo quadro da música produzida no Brasil. “A gente tem uma visão mais ampla do que é MPB. Não é só Chico Buarque ou Milton Nascimento, isso hoje já se expandiu”, explica Klaus Porlan, um dos apresentadores do programa, ao lado dos colegas Lenir Boldrin e José Luiz Camacho.

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Lenir Boldrin, José Luiz Camacho e Klaus Porlan

No ar há um ano, o programa se caracteriza justamente pelo olhar mais abrangente do que é a chamada MPB, um conceito que pode incluir até canções cantadas em português, mas produzidas fora do país.

Além de um amplo e eclético serviço de agenda de shows em São Paulo, o Circuito MPB é composto por uma série de quadros, como o “Destaque da semana”, sempre com algum lançamento; o “Encanto das canções”, apresentando a história por trás da composição de alguma música; “Nossa língua, nossa pátria”, com canções de Portugal, Angola ou Moçambique; “Essa música é minha”, destacando os autores de composições famosas na voz de outro artista; “História dos festivais”, dando visibilidade a eventos musicais sem espaço na mídia tradicional; o “Momento instrumental” e o “Papo de música”, sempre com uma entrevista. “Deixamos a MPB aberta para representantes da música brasileira de qualidade, com bom senso”, define Klaus Porlan.

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Toda quinta-feira, das 20h às 22h

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DJ Claytão e Filiph Neo

Quando o programa piloto foi gravado, em 2017, o prenúncio do sucesso ficou evidente. Feito em parceria com a produtora Boogie Naipe, de Eliane Dias e Mano Brown, o Boogie in Braza fala de rap nacional e internacional, R&B e todas as vertentes da black music. “É um programa dinâmico, com conteúdo legal, divertido, parece que tô no meu quarto”, define o DJ Claytão, um dos apresentadores, ao lado do músico Filiph Neo.

E de fato, o Boogie in Braza é muito alto astral. Transmitido ao vivo pelo Facebook, o programa sempre recebe convidados ao vivo no estúdio, criando um ambiente descontraído, festivo e, claro, com muita música boa.

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Todo domingo, das 20h às 20h30

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Guta do Pandeiro

Programa mais antigo da Rádio Brasil Atual, há nove anos no ar, o Clube do Choro toca o melhor da música instrumental brasileira, uma viagem no tempo que vai desde raridades dos anos 1920 até os dias atuais.

“Nos primeiros cinco anos, toquei mais de três mil músicas sem repetir nenhuma”, afirma o apresentador Gustavo Simão, mais conhecido como Guta do Pandeiro. Cuidadoso com a ficha técnica de cada música apresentada, tudo o que vai ao ar vem de CDs ou LPs que Guta tem em mãos, alguns verdadeiras preciosidades.

“Defendo a cultura musical de hoje, de ontem e de sempre. Coisa de qualidade fica, não adianta”, explica o apresentador, ele próprio parte da história do choro em São Paulo desde os anos de 1970, e defensor do rádio como veículo para divulgar a cultura musical do Brasil. São trinta minutos de programa em alta qualidade, digno de se aumentar o volume.