8 de janeiro

Senado identifica mais 23 golpistas que participaram de invasão

Ainda nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve pedir que os invasores identificados sejam denunciados pela PGR

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Polícia Legislativa identificou invasores a partir das imagens das câmeras de segurança

São Paulo – O Senado informou nesta quarta-feira (25) que identificou mais 23 bolsonaristas que invadiram e depredaram o Congresso Nacional em 8 de janeiro. A Polícia Legislativa do Senado reconheceu os envolvidos a partir de imagens das câmeras de segurança do prédio. Eles conseguiram escapar antes de serem detidos. Os nomes dos vândalos, no entanto, não foram divulgados.

Ainda nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve encaminhar a lista à Procuradoria-Geral da República (PGR) e solicitar uma abertura formal de investigação. O Senado ainda vai enviar mais imagens e provas, e pode apresentar novas representações, assim que identificar outros envolvidos.

Até o momento, o Senado identificou 61 golpistas que participaram da invasão. No último dia 13, Pacheco entregou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma primeira representação pedindo a prisão e o bloqueio de bens de 38 invasores que a Casa havia identificado. No encontro, o senador frisou a necessidade de fazer os invasores arcarem com os custos da depredação. Levantamento preliminar estima em até R$ 4 milhões os prejuízos causados pelos golpistas, somente no Senado.

Denunciados

Três dias depois, a PGR denunciou 39 invasores – um a mais do que aqueles que o Senado identificou. O grupo deve responder pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União.

Uma semana depois, a PGR abriu denúncia contra cinco pessoas que participaram da destruição do Supremo Tribunal Federal (STF). Já na última segunda (23), o órgão denunciou 54 pessoas que foram presas no acampamento que ficava em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Sobre o último grupo, não há provas de que participaram, ou não, da invasão às sedes dos Três Poderes. Ainda assim, deverão responder por “incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais” e “associação criminosa”.

Assim, chega a 98 o total de envolvidos na tentativa de golpe no dia 8 de janeiro que estão na mira da PGR.