Polícia Federal prende assessor de deputado, terceiro alvo acusado de financiar ataque a Brasília
O suspeito assessorava o deputado estadual bolsonarista do RJ Filippe Poubel, estava foragido e foi capturado em uma pousada em Guaçuí (ES)
Publicado 19/01/2023 - 14h46
São Paulo – A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (19) Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, assessor parlamentar do deputado estadual bolsonarista do Rio de Janeiro Filippe Poubel (PL). É o terceiro alvo da operação Ulysses da PF, acusado de financiar os atos terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro. Ele é líder de um grupo chamado “Direita Campos”, em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense.
O suspeito estava foragido e foi capturado em uma pousada em Guaçuí (ES). No Twitter, o agora preso se identifica como “CvcBolsonaro”. Em uma postagem no dia 11 passado, ele ironizou as prisões dos golpistas em Brasília dizendo que “prender e torturar idosos é pela ‘democracia’ e prender bandido atrapalha o esquema”.
Em 8 de dezembro, escreveu “em um de seus perfis” (segundo o portal Uol) no Facebook: “Imagine só… Você acorda amanhã e fica sabendo que às 5 horas da manhã a Polícia Federal bateu na porta do Alexandre de Moraes e levou ele pra preso. Algumas horas depois é anunciado (sic) a anulação do processo eleitoral fraudado por ele”.
Na segunda-feira (16), quando CVC passou a ser foragido da polícia, o deputado Poubel divulgou nota afirmando que “sempre repudiou atos ilegais e evidenciou respeito aos valores democráticos”. O gabinete do parlamentar afirmou em nota que “vai buscar informações sobre os fatos veiculados na imprensa, para que não ocorram antecipadamente condenações sem o devido processo administrativo e legal”.
Os outros dois presos
Os alvos da operação Ulysses são organizadores, líderes e financiadores dos ataques do dia 8, de bloqueios em rodovias e manifestações em frente aos quartéis do Exército. Foi deflagrada em Campos dos Goytacazes na última segunda-feira. O primeiro preso foi o subtenente do Corpo de Bombeiros Roberto Henrique de Souza Júnior, que estava em casa ao ser detido pelos agentes.
Já a confeiteira Elizângela Cunha Pimentel Braga – suspeita de organizar e financiar atos golpistas – se entregou à PF no final da noite do mesmo dia.
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