Flávio Dino abre inquérito da PF para investigar mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes
Portaria publicada hoje pelo ministério anuncia medida para “ampliar a colaboração” na apuração do crime ocorrido há quase cinco anos
Publicado 22/02/2023 - 09h52

São Paulo – Em postagem publicada na manhã desta quarta-feira (22) no Twitter, o ministro da Justiça, Flávio Dino, divulgou portaria pela qual determinou a abertura de inquérito da Polícia Federal (PF) para apurar todas as circunstâncias” do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e Anderson Gomes, que dirigia o carro em que foram emboscados. O anúncio confirma a intenção, divulgada pelo ministro na semana passada, de que a PF voltaria a investigar as mortes da parlamentar e o motorista.
“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu Flávio Dino.
A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de MARIELLE e ANDERSON, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes. pic.twitter.com/iuT6AXOXjL
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) February 22, 2023
Questão de honra
Já em seu discurso de posse como ministro da Justiça, Dino disse ser “questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis para que esse crime seja desvendado definitivamente e nós saibamos quem matou Marielle Franco e quem mandou matar Marielle Franco naquele dia no Rio de Janeiro”.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram executados em março de 2018. Prestes a completar cinco anos, os mandantes e as motivações do crime não foram identificados. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos.
Segundo a portaria divulgada pelo ministro da Justiça, o delegado Guilhermo Catramby vai conduzir o inquérito na Polícia Federal.

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