Dilma: “primeira presidente não vai ser complacente” com violência contra mulher

A candidata do PT, Dilma Roussef, em encontro com mulheres das centrais sindicais, em São Paulo (Foto: Roberto Stuckert Filho) São Paulo – A candidata do PT à Presidência da […]

A candidata do PT, Dilma Roussef, em encontro com mulheres das centrais sindicais, em São Paulo (Foto: Roberto Stuckert Filho)

São Paulo – A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (17), que pretende reforçar os instrumentos criados para viabilizar a execução da Lei Maria da Penha. A legislação visa a combater a violência contra as mulheres. Dilma apontou que isso é importante para reforçar a mobilização e garantir que as vítimas tenham proteção para denunciar os agressores.

“Tudo faz parte daquele clima que se vai criando e que vai se tornando muito perigoso para quem acha que bate na mulher e sai impune”, explicou. “Sem dúvida, uma primeira mulher presidente, você pode saber, não vai ser complacente com isso”, afirmou. As declarações foram feitas diante de pergunta feita pela Rede Brasil Atual, em entrevista coletiva após um encontro “Mulheres Trabalhadoras com Dilma Presidenta”.

A candidata governista participou, na manhã desta terça, do evento organizado por cinco das seis centrais sindicais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho. Em seu discurso, a ex-ministra da Casa Civil informou sobre dois programas de fortalecimento das políticas para as mulheres. A primeira é a promessa de criar seis mil creches em quatro anos, uma medida que, na avaliação da petista, dá segurança para que as mães possam trabalhar.

“Na infância está a raiz maior da desigualdade. Uma criança que nasce em condições de ser instigada, estimulada, que tem acesso a estímulos pedagógicos especiais, chega no primeiro ano com melhores condições do que aquelas que não têm o mesmo estímulo”, avaliou. O segundo programa teria o nome de Bebê Cegonha, com a intenção de acompanhar a gestação, o parto e os primeiros meses da criança.

Dilma lembrou a uma mudança do papel da mulher ao longo do tempo na sociedade e apontou que, por fim, as mulheres podem sonhar em ser presidentes da República. “Mas tenho consciência de que não sou e não acho que serei uma única andorinha, que não faz verão. Sei que aqui há varias andorinhas. Somente milhares e milhões farão verão”, enfatizou.

Ao mesmo tempo, a candidata ponderou as dificuldades que enfrentará caso seja a primeira mulher a ocupar o Palácio do Planalto. “Ele (Lula) disse sempre: ‘eu não posso errar. Porque, se eu errar, um metalúrgico, um trabalhador vai custar para voltar pra Presidência’. Quero dizer que também não posso errar. Porque, se errar, uma mulher vai custar pra voltar pra presidência”, comparou.

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