"gestor qualificado"

Centrais sindicais apoiam Luiz Marinho para ministro do Trabalho e Emprego de Lula

O anúncio do convite ao deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) para ocupar o Ministério no novo governo Lula foi saudado pelas principais centrais sindicais, assim como a recriação da pasta extinta por Bolsonaro

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Marinho foi ministro do Trabalho e depois da Previdência de Lula de 2005 e 2008. Deixou o governo para se eleger prefeito de São Bernardo por duas gestões (2009-2016)

São Paulo – O convite ao deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) para ocupar o Ministério do Trabalho e Emprego no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o apoio das centrais sindicais. Nesta sexta-feira (16), uma carta pública foi assinada e divulgada pela CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Nova Central Sindical de Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros e a Pública Central do Servidor.

No documento as entidades saúdam a recriação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) pelo presidente eleito – proposta que consta da pauta da classe trabalhadora 2022. “Consideramos essencial o fortalecimento do MTE para articular e materializar, com os demais ministérios e organizações da sociedade, a concepção que confere centralidade ao trabalho e ao emprego às estratégias de desenvolvimento econômico e social do país”, diz trecho.

As centrais destacam que a construção de um sistema de proteção social, trabalhista e previdenciário para toda a classe trabalhadora é um desafio a ser enfrentado com determinação. “Tarefas todas essenciais na atuação do futuro MTE, que deverá ser atuante para enfrentar e superar a grave crise que o país atravessa e o desmonte do Estado brasileiro e de suas políticas públicas.”

E indicam o nome de Luiz Marinho justamente diante dessa agenda e dos desafios. “Luiz Marinho tem plena sintonia com o movimento sindical brasileiro e diálogo amplo com o setor empresarial, grande habilidade para tratar de conflitos e alta capacidade para conduzir negociações complexas.”

Marinho é a pessoa certa, segundo lideranças sindicais

Ainda segundo os dirigentes, “Marinho construiu trajetória de vida pública exemplar e de gestão altamente qualificada como Prefeito de São Bernardo do Campo e Ministro do Trabalho e, posteriormente, da Previdência Social. Trata-se da pessoa certa para dar ao MTE o protagonismo que dele se espera.”

Pessoas próximas a Lula confirmaram o convite feito há dias. A indicação teria passado ainda por integrantes da equipe da transição e contaria também o apoio das centrais sindicais, que têm três representantes no grupo do Trabalho no Gabinete da Transição. Aceito o convite, voltará a figurar em um ministério de Lula em seu terceiro mandato.

Presidente estadual do PT, Luiz Marinho foi ministro do Trabalho de Lula de 2005 e 2008. Primeiro no mesmo MTE, depois da Previdência Social. Deixou o governo para se eleger prefeito de São Bernardo por duas gestões (2009-2016). Antes, presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a CUT. Na eleição deste ano, recebeu 156 mil votos para deputado federal. Se confirmada sua nomeação, ocupará sua cadeira na Câmara o primeiro suplente da federação PT-PCdoB-PV, Orlando Silva (PCdoB).

No governo de Jair Bolsonaro (PL), Trabalho e Previdência começaram como secretarias subordinadas ao Ministério da Economia. No decorrer da gestão, foram desmembrados.

Leia a íntegra da nota das centrais sindicais

As Centrais Sindicais abaixo assinadas saúdam a recriação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) pelo Presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, proposta que consta da Pauta da Classe Trabalhadora 2022.

Consideramos essencial o fortalecimento do MTE para articular e materializar, com os demais ministérios e organizações da sociedade, a concepção que confere centralidade ao trabalho e ao emprego às estratégias de desenvolvimento econômico e social do país.

Um desenvolvimento orientado para a produção socioambiental sustentável, que gera emprego de qualidade e crescimento dos salários, que enfrenta e supera a miséria, a pobreza e as desigualdades, requer um MTE forte e atuante.

Valorizar a negociação coletiva como principal instrumento de regulação das relações e condições de trabalho, realizada por entidades sindicais fortes e representativas, com autonomia de organização e de sustentação financeira, é a afirmação de princípios propugnados pela OIT. Para isso é urgente corrigir os marcos normativos que legalizam a precarização do trabalho, desqualificam e desincentivam a negociação coletiva, enfraquecem os sindicatos e submetem os trabalhadores à coerção dos empregadores.

Construir um sistema de proteção social, trabalhista e previdenciário para toda a classe trabalhadora é um desafio a ser enfrentado com determinação. Tarefas todas essenciais na atuação do futuro MTE, que deverá ser atuante para enfrentar e superar a grave crise que o país atravessa e o desmonte do Estado brasileiro e de suas políticas públicas.

Diante dessa agenda que propomos e dos desafios enunciados, as Centrais Sindicais indicam Luiz Marinho para o cargo de Ministro do Trabalho e Emprego. Luiz Marinho tem plena sintonia com o movimento sindical brasileiro e diálogo amplo com o setor empresarial, grande habilidade para tratar de conflitos e alta capacidade para conduzir negociações complexas.

Marinho construiu trajetória de vida pública exemplar e de gestão altamente qualificada como Prefeito de São Bernardo do Campo e Ministro do Trabalho e, posteriormente, da Previdência Social. Trata-se da pessoa certa para dar ao MTE o protagonismo que dele se espera.


Redação: Cida de Oliveira