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Câmara vai entregar à PGR mais 41 nomes de invasores golpistas

Bolsonaristas invasores que destruíram o Congresso Nacional usaram o sinal de Wi-Fi da Câmara durante a invasão e foram identificados

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Eles vão ter que justificar o que estavam fazendo aqui no domingo", afirmou Lira

São Paulo – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que vai entregar nesta quarta-feira (1°) à Procuradoria-Geral da República (PGR) os nomes de mais 41 invasores da Casa, em 8 de janeiro. A área técnica identificou os invasores que utilizaram o sinal público de Wi-Fi da Câmara para acessar a internet em seus aparelhos celulares.

“Essa semana, nós constatamos mais 41 pessoas que transitaram dentro da Câmara, porque entraram com o Wi-Fi ligado, o sistema da Câmara captou e nós iremos entregar também à Procuradoria-Geral da República para que a possa fazer as denúncias, averiguar o que estavam fazendo lá dentro”, afirmou Lira, em entrevista à GloboNews.

“Eles vão ter que justificar o que estavam fazendo aqui no domingo. Não sei se já estão presas, se são novas pessoas. Mas os nomes serão entregues para a PGR amanhã”, acrescentou. No dia da invasão, cinco radicais foram presos pela Polícia Legislativa e entregues à Polícia Federal (PF).

Em 16 de janeiro, Lira entregou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma notícia-crime com informações sobre os vândalos. Dentro da PGR, as investigações dos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes estão sendo conduzidas pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos. Até o momento, chega a 479 o total de invasores que a PGR já denunciou formalmente.

Além disso, Lira afirmou que não tomou conhecimento da minuta golpista que previa decretação de estado de emergência para contestar o resultado das urnas. A Polícia Federal encontrou o documento na casa do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres – também ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. “A Câmara jamais compactuaria com qualquer afronta ao Estado democrático de direito”, reforçou.


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