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Bolsonaro vai deixar herança ‘mais maldita’ da história, afirma deputado

Programa “Revista Brasil TVT” desta semana traz ainda matérias sobre a Copa, COP27, Gal Costa e Rolando Boldrin

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Após breve aparição na semana passada, Bolsonaro não deu mais as caras no Palácio do Planalto, desde que perdeu as eleições

São Paulo – Duas semanas após o segundo turno que garantiu o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a inflação voltou a subir no país. Após três meses de deflação, principalmente os preços dos combustíveis e dos alimentos estão em alta novamente. Para o deputado federal reeleito Paulo Teixeira (PT-SP), isso mostra que as políticas do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), foram “extremamente eleitoreira, sem sustentabilidade”. Nesse sentido, o parlamentar afirma que o governo Lula vai receber “a herança mais maldita da história do Brasil”.

“O povo brasileiro está vivendo dificuldades frente a um governo que promoveu um estelionato eleitoral. Mas graças a Deus, o povo brasileiro percebeu e não lhe deu a vitória. Pelo contrário, o derrotou. Mas ele deixa uma economia em frangalhos”, disse o deputado, entrevistado pelos jornalistas Cosmo Silva e Ana Rosa Carrara para o Revista Brasil TVT, neste sábado (12).

Ele afirmou que o atual governo deixou um rombo no Orçamento que ultrapassa a casa dos R$ 300 bilhões. Ainda assim, faltam recursos para o Bolsa Família no valor de R$ 600, já que a peça orçamentária enviada ao Congresso previa apenas R$ 405 para pagamento do benefício.

Além disso, falta dinheiro para garantir ganho real (acima da inflação) ao salário mínimo. Por outro lado, para engordar o chamado orçamento secreto, a atual gestão retirou recursos do programa Farmácia Popular. Até mesmo medicamentos para o tratamento de câncer estão em falta na rede pública. Teixeira criticou ainda o atual governo por não ter reajustado da tabela do Imposto de Renda, fazendo aumentar a carga tributária para a classe média baixa.

PEC do Bolsa Família

São essas questões que o novo governo pretende resolver com a aprovação da chamada “PEC da Transição”, ou “PEC do Bolsa Família”. De acordo com a equipe de transição, a ideia é retirar do Teto de Gastos cerca de R$ 195 bilhões, para pagamento do novo Bolsa Família. Assim, haveria espaço para recompor o Orçamento em outras áreas estratégicas. A previsão é que o texto com a proposta final da PEC seja apresentado na próxima quarta-feira (16).

Por outro lado, Teixeira criticou o relatório apresentado nesta semana pelas Forças Armadas. O documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não encontrou fraude nas eleições. Mas aponta supostas brechas na segurança do sistema, estimulando o discurso golpista dos apoiadores de Bolsonaro.

Sobre os bloqueios de rodovias por extremistas que não aceitam o resultado da eleição, o deputado ressaltou que os envolvidos deverão responder criminalmente por atentar contra o Estado democrático de direito. Também criticou a atuação das forças de segurança, em especial a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e algumas polícias militares estaduais que, em vez de acabar com os bloqueios, atuaram para facilitar a atuação dos golpistas. Desse modo, ele afirmou que os servidores públicos também terão que responder pelo crime de prevaricação.

“O grande responsável é o presidente que tá lá, esse ‘capetão-capiroto’ que está no Palácio do Planalto. Nós agora estamos contando na agenda os dias para que ele saia, e possamos ver subir naquela rampa Luiz Inácio Lula da Silva”, frisou.

O Revista Brasil TVT vai ao ar aos sábados e domingos, das 18h às 20h. Na edição desta semana, o jornalista esportivo José Trajano aponta seus favoritos para a Copa e a pesquisadora Patricia Palumbo fala sobre as perdas de Gal Costa e Rolando Boldrin, na última quarta-feira (9). O brasilianista James Green comenta as eleições parlamentares nos Estados Unidos, enquanto o deputado Nilto Tatto (PT-SP) trata da COP27, a conferência do clima, que está sendo realizada no Egito. A parte artística tem o Movimento Cultural Ana Cacimba.

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