ENTREVISTAS

Ana Moser fala em esporte como inclusão e significado na vida das pessoas

Primeira ministra do Esporte brasileiro, multicampeã do vôlei e fundadora do Instituto Esporte e Educação até assumir a pasta, falou com o jornalista Juca Kfouri no programa Entrevistas, da Rede TVT

(Júlio Dutra/MDS)
(Júlio Dutra/MDS)
Fundadora do Instituto Esporte & Educação sempre esteve envolvida nos debates nacionais

São Paulo – A recém-empossada ministra do Esporte do Brasil, Ana Beatriz Moser, ou só Ana Moser, apresentou nesta sexta-feira (6) um pouco das ideias que pretende colocar em prática na pasta. A ex-jogadora e multicampeã de vôlei falou com o jornalista Juca Kfouri no programa Entrevistas, da Rede TVT (assista abaixo) e ressaltou a importância de o esporte ser inclusivo, diverso e que as atividades esportivas precisam ter “sentido e significado” para gerar envolvimento perene na sociedade.

Ana Moser começou o programa resumindo suas atividades após parar de jogar vôlei, em 1999. Em quadra, a lendária atacante conquistou diversos títulos com times e com a seleção brasileira. Jogou três Olimpíadas seguidas, em Seul-1988, Barcelona-1992 e Atlanta-1996, conquistando na última a medalha de bronze. Após deixar as quadras passou a se dedicar a projetos esportivos voltados para o social e fundou o Instituto Esporte & Educação (IEE). Em 2001. Logo passou a ser chamada para debates em Brasília, na câmara setorial do esporte. “Foi a minha primeira participação em discussões políticas.”

Formação de professores e atendimento direto

No IEE, ela explicou que faz políticas públicas. “Não tão larga escala como no poder público, pois não tem tanto recurso de maneira geral, mas a gente sempre teve essa visão de que o esporte é um direito de todos, tem de ser garantido na prática. E tem de ter método, muita formação de professores e muito atendimento direto”. Ana Moser acrescentou que “o esporte que tem de buscar ter sentido e significado na vida das pessoas, para que elas se mobilizem e se mantenham envolvidas”, disse. “Tem de incluir a todos, ser diverso. Tem de ter um caminho para desenvolver a autonomia, educação integral, construir coletivamente.”

Torcidas organizadas

Ela finalizou comentando a ação das torcidas organizadas contra os bloqueios de estradas feitos por golpistas logo após a eleição do presidente Lula. “Me inspirei muito na atuação política e social que as torcidas tiveram, especialmente rompendo bloqueios nas estradas. O Brasil passou a conhecer, de uma certa maneira, a força e o movimento que o futebol faz pelo Brasil inteiro. Tenho essa imagem muito forte”, disse a ministra. “O que me move é a utopia. Essa é uma base muito sólida de apelo para envolver essas torcidas em um projeto muito maior.”


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