Alexandre de Moraes manda soltar Anderson Torres com tornozeleira eletrônica
Ordem do ministro do STF está condicionada a várias medidas cautelares, como entrega de passaporte, suspensão do porte de armas e proibição de usar redes sociais
Publicado 11/05/2023 - 18h27
São Paulo – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, nesta quinta-feira (11). O bolsonarista, também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no governo de Ibaneis Rocha, está preso desde 14 de janeiro.
Ele é suspeito de omissão “dolosa e criminosa” nos atos golpistas de 8 de Janeiro, segundo termo usado por Moraes ao mandar p rendê-lo. O ministro do STF acatou recomendação da Procuradoria-Geral da República de soltar o bolsonarista.
A ordem entretanto, está condicionada a várias medidas cautelares:
- obrigação de apresentar-se perante ao Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, no prazo de 24 horas;
- uso de tornozeleira eletrônica;
- comparecimento semanal ao juízo;
- proibição de sair do país e deve entregar do passaporte à Justiça;
- cancelamento de todos os passaportes emitidos pela República Federativa do Brasil em nome do investigado;
- suspensão de porte de armas de fogo, inclusive funcionais;
- proibição de uso de redes sociais;
- proibição de comunicação com os demais investigados no caso;
- proibição de se ausentar do DF e recolhimento ao domicílio no período noturno e finais de semana.
“As razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade”, disse o ministro no despacho.
“No atual momento, portanto, a manutenção da prisão não mais se revela adequada e proporcional, podendo ser eficazmente substituída por medidas alternativas”, acrescenta Moraes.