crime de omissão

Moraes decreta prisão de comandante da PM que não agiu contra terrorismo em Brasília

Exonerado nesta segunda, o militar era responsável pela operação da PM durante dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília no domingo (8), que destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
O coronel Fábio Augusto era responsável pelas operações que permitiram a entrada de terroristas na Praça dos Três Poderes

São Paulo – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou hoje (10) a prisão do coronel Fábio Augusto Vieira, comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) responsável pela corporação durante os atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília neste domingo (8). Ele foi exonerado nesta segunda-feira (9) pelo interventor federal de Segurança no DF, Ricardo Cappelli.

Pesa contra a PMDF diversas imagens que mostram que seus agentes não agiram para impedir o avanço dos bolsonaristas contra o patrimônio público, num atentado contra as instituições democráticas por não aceitarem a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Punição também pela omissão

Alexandre de Moraes afirmou que os envolvidos nos atos terroristas praticados na Praça dos Três Poderes serão punidos. “Tenho absoluta certeza, dentro da legalidade, que as instituições vão punir todos os responsáveis, todos aqueles que praticaram os atos, que planejaram os atos, que financiaram os atos e aqueles que os incentivaram, por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer”, disse, durante a posse do novo diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.

O ministro também criticou as reclamações dos terroristas detidos na Academia Nacional da PF, em Brasília. “Não achem esses terroristas, que até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições vão fraquejar”, disse.

Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíram parte do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, além de agredir jornalistas. Em consequência dos atos, o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo e Celina Leão (PP) assumiu como governadora do DF. Além disso, Lula decretou intervenção federal na segurança pública do DF, medida já aprovada pela Câmara e pelo Senado.



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