São Paulo – Na véspera do bicentenário da Independência do Brasil, festejado nesta quarta, 7 de setembro, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou ao ar, nesta terça-feira (6), no horário da propaganda eleitoral, um filme com temática referente à data e às cores da bandeira do país. “A nossa bandeira é a nossa pátria, pátria amada. Não é de quem propaga ódio e quer armar o povo”, diz a narração, na voz da atriz Marieta Severo.

“O 7 de Setembro é pra ser comemorado com alegria e união por todos os brasileiros”, diz Lula no vídeo. “Infelizmente não é o que acontece. Este governo abandonou o povo e vem destruindo o país. Usam nossa bandeira para mentir, pregar o ódio e incentivar a venda de armas”, continua o candidato. “Eles ameaçam a nossa soberania. E soberania é a defesa do nosso território e de nossas riquezas, respeito à democracia, com povo feliz, com comida na mesa e oportunidades. Eu tenho fé que o Brasil reconquistará a sua independência e voltará a ser respeitado pelo mundo”, diz o ex-presidente.

Por sua vez, o candidato a vice na chapa da coligação Brasil da Esperança, Geraldo Alckmin, também aparece no filme, em seu trecho final. “Viva o 7 de Setembro, viva a nossa Independência. Nossa democracia e soberania estão em grave ameaça. Se é o que está em jogo, precisamos nos unir”, afirma o ex-governador.

Ódio de mulher

Já Bolsonaro declarou em sabatina na Jovem Pan, na manhã de hoje, que as manifestações do 7 de Setembro ocorrerão de forma “ordeira e pacífica’. Por outro lado, afirmou ainda que será “um movimento nunca visto na história do Brasil”.

Em reunião com integrantes de sua campanha, Lula disse que Bolsonaro quer “usurpar” o 7 de Setembro “como uma coisa pessoal”, quando é uma comemoração cívica de todos os brasileiros. “Ele já disse ‘as minhas Forças Armadas’, e agora está dizendo a ‘minha Independência’”, criticou o ex-presidente.

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Caravanas bolsonaristas

Empresários e movimentos de extrema-direita que apoiam Jair Bolsonaro (PL) – entre os quais ruralistas e comerciantes – financiam a ida de caravanas para os atos convocados por ele em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo neste 7 de setembro. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostra que organizadores oferecem ônibus de graça ou a preço abaixo do mercado. Esses empresários se escondem no anonimato.

Bloqueios de caminhões foram determinados pelas autoridades do Distrito Federal para evitar ameaças golpistas como as de 2021, quando houve uma invasão da Esplanada dos Ministérios. Além da presença da polícia do Distrito Federal, a segurança terá contingentes da polícia judicial do STF e do Legislativo.

Nesta segunda-feira (5), uma portaria do Ministério da Justiça foi publicada no Diário Oficial da União, determinando a participação da Força Nacional nas ações de segurança pública em Brasília no 7 de setembro. A tropa ficará responsável pelas cercanias do Ministério da Justiça, segundo a portaria.

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