eleições estaduais

PT e PSB terão candidatos próprios no Rio Grande do Sul e na Paraíba

Maiores partidos do movimento Vamos Juntos pelo Brasil terão candidatos separados na disputa pelos governos gaúcho e paraibano, e para o Senado no RJ

Fotos: Divulgação
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Edegar Pretto, pelo PT, e Vicente Bogo, do PSB, disputam governo do Rio Grande do Sul

São Paulo – No Rio de Janeiro, mas principalmente Rio Grande do Sul, a frente democrática formada para as eleições e a defesa do estado de direito contorna divergências. Em ambos os estados, PT e PSB mantêm a aliança em torno de Lula na disputa pelo Palácio do Planalto, para evitar danos ao projeto progressista de derrotar Jair Bolsonaro nacionalmente. Mas nos estados a unidade não se consolidou por completo. No Rio, a executiva nacional do PT confirmou na sexta-feira (5) a aliança com Marcelo Freixo (PSB) na disputa pelo governo. Mas a candidatura a uma única vaga ao Senado terá a concorrência de dois nomes. A legenda pedirá votos ao deputado estadual André Ceciliano, enquanto o PSB mantém o nome do deputado federal Alessandro Molon.

No Rio Grande do Sul, não houve acordo e os maiores partidos do movimento Vamos Juntos pelo Brasil estarão separados na disputa pelo Palácio Piratini. De um lado, o deputado estadual Edegar Pretto (PT), e de outro, o ex-vice-governador Vicente Bogo (PSB). Além dos dois partidos, a frente é formada nacionalmente por PCdoB, Solidariedade, Psol, PV e Rede.

No final do mês passado, o presidente do diretório do PSB-RS, Mario Bruck, disse que a sigla teria candidato ao governo e o PSB nacional não interviria. Na eleição gaúcha, PT e PSB concorrem separadamente também pela vaga ao Senado. O primeiro, com o ex-governador Olívio Dutra, e os socialistas com o vereador portoalegrense Airto Ferronato.

No estado, a extrema direita bolsonarista está dividida entre o senador Luis Carlos Heinze (PP) – “celebrizado” pelo fanatismo com que defendeu o tratamento precoce na CPI da Covid – e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL). O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) concorre à reeleição depois de ter renunciado ao governo para tentar a Presidência e ser derrotado pelo colega paulista João Doria dentro do partido.

Paraíba e Acre

Na Paraíba, acontece a inusitada situação de o ex-presidente Lula apoiar um candidato ao governo estadual e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), outro. O ex-governador paulista faz campanha para o correligionário, o governador João Azevêdo (PSB), enquanto o nome do petista é o do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Na semana passada, Lula foi a Campina Grande, onde subiu no palanque de seu candidato, enquanto Alckmin também foi à Paraíba, na convenção do seu partido, para apoiar Azevêdo.

No Acre, o PT lançou o ex-governador Jorge Viana para o governo, numa aliança que reúne também PV e PCdoB. O deputado estadual Jenilson Leite (PSB) desistiu de concorrer ao governo e se lançou ao Senado.

Sete candidatos e uma novela

Até as 16h20 desta segunda-feira (8), os candidatos à Presidência da República que pediram registro à Justiça Eleitoral eram sete: Felipe D’avila (Novo), Léo Péricles (UP), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pablo Marçal (Pros), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU). Os candidatos a governador registrados são 59, enquanto são 58 para o Senado e 3.306 para deputado federal.

Depois de uma série de decisões e reviravoltas na Justiça, a direção do Pros revogou a candidatura do “influenciador” digital Pablo Marçal a presidente. Segundo a CNN, a própria ala da legenda que defende a candidatura diz que a convenção realizada no dia 5 de agosto foi irregular por diversos fatores, “inclusive por não atender sequer às normas do próprio estatuto partidário”.

Porém, até o momento, o registro da candidatura de Marçal continua no site do TSE, o que deve permanecer enquanto o tribunal não julgar o caso ou se ele ou o partido desistirem. O total de bens declarado por Pablo Marçal à Justiça Eleitoral é de R$ 17 milhões.

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