Eleições 2022

PT confirma aliança com Freixo na disputa ao governo do Rio

Executiva do partido também manteve indicação de André Ceciliano (PT-RJ) como candidato do ao Senado. Alessandro Molon (PSB-RJ) anuncia nesta tarde o futuro da sua candidatura

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Apesar da insistência de Molon, Lula já havia confirmado apoio a Ceciliano para a disputa ao Senado

São Paulo – A executiva nacional do PT confirmou que vai manter a aliança com Marcelo Freixo (PSB) na disputa pelo governo do Rio de Janeiro. Em reunião na tarde desta sexta-feira (5), o partido também confirmou a candidatura ao Senado de André Ceciliano (RJ), deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa.

“A Comissão Executiva Nacional do PT confirma o apoio à chapa Marcelo Freixo (PSB) para governador e André Ceciliano (PT) para senador no Rio de Janeiro. Com Lula e Alckmin vamos juntos reconstruir nosso Brasil”, anunciou pelas redes sociais a presidenta do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

O apoio de Lula e do PT a Freixo já havia sido selado, inclusive com a participação de ambos em grande ato na Cinelândia, no mês passado. No entanto, a insistência do deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) em se manter na disputa ao Senado desagradou o PT do Rio, que chegaram a propor o rompimento da aliança com Freixo.

Fator Molon

O vice-presidente nacional do PT e ex-prefeito de Maricá (RJ) Washington Quaquá chegou a apresentar recurso à executiva do partido solicitando o rompimento da aliança com o PSB no Rio. Contudo, ainda ontem, o dirigente voltou atrás. “As últimas divergências ocorridas em relação ao acordo feito e descumprido pelo PSB não podem prejudicar o principal”, disse ele, em documento oficial.

Petistas alegam que o acordo para apoiar Freixo incluía Ceciliano como nome único da aliança. O próprio Freixo chegou a pressionar Molon pela retirada da sua candidatura nas últimas semanas. Molon, entretanto, alega que não participou do acordo selado entre petistas e pessebistas.

Molon convocou uma entrevista coletiva, às 17h de hoje, para anunciar o futuro da sua candidatura. Na disputa ao Senado, ele conta com o endosso de políticos da Rede do Psol, além de artista e intelectuais. Os petistas, por outro lado, se ressentem do apoio que o parlamentar deu, pelo menos até 2017, à Lava Jato.

Em 2014, quando ainda era petista, Molon foi o deputado mais votado do Rio. Um ano depois, ele deixou o partido para se filiar à Rede. Ele se filiou ao PSB em 2018, quando foi reeleito deputado. Ceciliano, por outro lado, destacou sua fidelidade ao partido, no palanque na Cinelândia. E Lula o apontou como seu candidato ao Senado.

Pesquisa

Em pesquisa Real Time Big Data divulgada na semana passada,  o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), lidera a disputa pela reeleição, com 31% das intenções de voto. Freixo aparece em segundo, com 24%.

No mesmo levantamento, Molon lidera a disputa ao Senado, com 17%, empatado tecnicamente com o atual senador Romário (PL), que aparece com 16%. Ceciliano aparece na quinta colocação, com 5%, atrás de Marcelo Crivella (Republicanos), com 12% e Daniel Silveira (PTB), com 9%.

Crivella, no entanto, vai disputar vaga na Câmara. Silveira, por outro lado, deve ter a candidatura cassada. Isso porque ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o indulto do presidente Jair Bolsonaro não restaura seus direitos políticos.


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