Revisão

Pros retira candidatura de Pablo Marçal para apoiar Lula no 1° turno

Partido comunicou decisão após reunião com Mercadante e Alckmin. Pablo Marçal contesta decisão

Divulgação/Pros
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Eurípedes Junior (à esq.), Alckmin e Mercadante participaram de reunião na Fundação Perseu Abramo

São Paulo – Envolvido em um imbróglio interno, o Pros decidiu nesta quarta-feira (3) declarar apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio da Silva (P) à Presidência da República já no primeiro turno. O anúncio foi feito após reunião com coordenadores de campanha da chapa Lula-Alckmin, realizada na Fundação Perseu Abramo, em São Paulo.

Em comunicado divulgado à imprensa, o Pros informou que participaram do diálogo Eurípedes Junior, que retomou o comando da sigla, Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente, e o economista Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo da chapa do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, formado por PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, Psol e Solidariedade.

Reviravolta

Segundo o PT, o Pros apresentou ao programa de governo uma proposta para “auxiliar os brasileiros endividados”, que são calculados em cerca de 66 milhões de pessoas. “O tema, que já consta nas diretrizes do programa, será discutido com mais profundidade em parceria com a Fundação da Ordem Social que também está debruçada sobre o tema”, informou ainda o partido.

O Pros se refere à sua direção como “histórica” porque seu presidente, Eurípedes Junior, havia sido afastado da presidência da legenda por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal em março, após acusações de desvio de recursos. A partir de então, o presidente passou a ser Marcus Holanda. Porém, na segunda-feira, o ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não acolheu as acusações restauro a presidência de Eurípedes Júnior até que o Tribunal de Justiça do DF conclua o caso.

Pablo Marçal afirma em comunicado à imprensa que vai questionar a decisão. “Sobre a notícia veiculada a partir de uma nota do PT de que a direção temporária do PROS, encarnada na figura do presidente afastado por corrupção e malversação de verbas do Fundo Partidário, Euripedes Júnior, temos a informar que legalmente ele não tem esse poder de mudar o resultado de uma convenção realizada dentro do prazo legal, pois precisaria dispor dos 10 dias para convocação e como assumiu dia 1 de agosto e o prazo final das convenções é 5 de agosto, mesmo que se mantivesse no cargo, o que é improvável, não teria o amparo legal para mudar os rumos de uma convenção”, diz.

Eurípedes, por sua vez, promete a realização de nova convenção – para escolher entre Marçal e Lula –, que deve acontecer na sexta-feira (5), último dia do prazo para esse tipo de evento, segundo calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).