Nome forte

Olívio Dutra é candidato ao Senado pelo PT do Rio Grande do Sul e defende mandato coletivo

Quadro histórico do PT, deputado constituinte e entusiasta do Orçamento Participativo pode liderar experiência de mandato coletivo em disputa pelo Senado

Guilherme Santos/AGPT
Guilherme Santos/AGPT
Pesa favoravelmentel a Dutra a idealização do Orçamento Participativo. O projeto pioneiro do gaúcho é uma iniciativa de democracia direta

São Paulo – Olívio Dutra será o candidato do PT ao Senado pelo Rio Grande do Sul nas eleições de outubro. Quadro histórico do partido, Olívio governou o estado entre 1999 e 2002 e também foi prefeito de Porto Alegre (1989-1993). Foi ainda deputado federal constituinte (1987-1989), período em que chegou a ocupar a presidência do PT, e primeiro ministro das Cidades (2003-2005).

As gestões de Dutra estão entre as pioneiras da adoção do orçamento participativo, forma de democracia direta em a população se organizar para influir nas decisões do Executivo. A candidatura do petista ao Senado foi celebrada por correligionários, além de cidadãos engajados.

Dutra vai ter como concorrentes pela vaga nomes como o atual vice-presidente, general Hamilton Mourão (Republicanos), e a ex-senadora Ana Amélia (PSD) – que aparecem à frente nas pesquisas. Ambos disputando entre o eleitorado de direita e extrema direita.

Pelo campo progressista, o nome mais bem cotado foi da ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB), que chegou a liderar as pesquisas. Porém, ela desistiu da candidatura ao Senado após ataques extremistas. E, agora, Manuela celebrou o nome de Dutra. “Uma baita notícia pras gaúchas e pros gaúchos. Teremos a honra de votar em Olívio Dutra pro Senado”, disse.

O nome de Olívio deve ser ratificado em convenção da legenda no próximo domingo (31), que deve definir também o nome do vice de Edegar Pretto, candidato ao governo estadual. E pode ser uma primeira experiência de mandato coletivo no Senado, a exemplo das que já se veem em algumas Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas. No caso, a federação PT-PCdoB-PV – ou eventual coligação local a ser resolver até lá – poderia aprovar também mais dois nomes para primeira e segunda suplência. Só que, em vez de se posicionarem como eventuais meros substitutos do titular, tenham participação ativa no gabinete. O próprio Olívio defendeu essa forma de candidatura.

Unidade de ideias

“O mandato não é particular, individual, não é só de um partido. Há de ser um mandato que represente o conjunto de forças e que tenha unidade de ideias. Temos muito o que conversar sobre a engenharia de um mandato coletivo, mas haveremos de entender, temos lideranças capazes nos partidos”, afirmou Olívio, segundo o Brasil de Fato.

“Uma grande notícia pra começar a semana. Nosso companheiro Olívio Dutra, será novamente candidato ao Senado pelo RS, e junto com Lula, fazer esse Brasil ser feliz de novo”, escreveu a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

“Grande notícia! Olívio Dutra, presidente de honra do PT gaúcho, oferece seu nome como pré-candidato ao Senado na chapa que tem Edegar Pretto como pré-candidato a governador e Lula como pré-candidato a presidente”, escreveu o também deputado federal pelo PT gaúcho Bohn Gass.

Outro parlamentar petista do estado, Paulo Pimenta, de Santa Maria, classificou a decisão de Dutra como “reforço de peso”. “Olívio Dutra é nosso pré-candidato ao senado e juntos vamos tirar os fascistas de Brasília e retomar um projeto popular para o RS com Edegar e para o Brasil com Lula”, disse.

O senador Paulo Paim (PT-RS) também comemorou a “grande notícia”. “O nosso companheiro Olívio Dutra é pré-candidato ao Senado pela Federação PT, PCdoB e PV. Ele foi deputado Constituinte, prefeito de Porto Alegre, governador do Rio Grande do Sul e ministro de Estado. Um cidadão exemplar.”


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